Segundo um comunicado da PJ, no esquema de burla com o nome de figuras públicas e entidades de crédito, os criminosos criam perfis falsos nas redes sociais, utilizando nomes e fotografias de figuras públicas, bem como de instituições financeiras. Através desses perfis, anunciam falsos empréstimos sem juros, direccionados a pessoas interessadas em investir em negócios.
As autoridades explicam que quando a vítima manifesta interesse, os criminosos solicitam dados pessoais, incluindo contactos e informações bancárias, bem como o montante desejado. Posteriormente, exigem um pagamento inicial para o registo do processo, que deve ser feito para um destinatário no exterior, via Western Union ou MoneyGram.
Na sequência, após o primeiro pagamento, os criminosos continuam a exigir mais dinheiro, sob pretextos como validação do empréstimo, aprovação da verba ou desbloqueio da transação, mantendo a vítima num ciclo de transferências até que perceba que foi enganada.
Em relação ao esquema de burla com o acesso ilícito a contas bancárias, que é o outro esquema identificado pela PJ, os criminosos utilizam contas de terceiros para receber transferências de dinheiro obtido de forma fraudulenta. A vítima, sem o seu conhecimento, pode ser usada como intermediária, levantando o montante e enviando-o para o exterior através de serviços como Western Union e MoneyGram.
A PJ alerta que este tipo de fraude transforma involuntariamente o titular da conta numa "ponte" para movimentação de fundos provenientes de crimes cibernéticos.
A Polícia Judiciária alerta a população para que adiram á medidas de segurança e evite cair nestes esquemas. Entre as principais recomendações estão nunca fornecer dados pessoais ou bancários a desconhecidos.
Desconfiar de ofertas de empréstimos fáceis ou vantajosos online. Não actualizar dados bancários em páginas desconhecidas, mesmo que pareçam legítimas, enviar códigos bancários, do SISP ou de redes sociais recebidos por SMS e confirmar a veracidade de qualquer solicitação directamente com o banco ou entidade responsável.
A PJ apela ainda à vigilância da população e incentiva a denúncia imediata de qualquer actividade suspeita.