“O presente diploma procede à criação e delimitação das ZDTI no município de Porto Novo, ilha de Santo Antão, e nos municípios de Tarrafal e Ribeira Brava, na ilha de São Nicolau”, lê-se no documento publicado em Boletim Oficial.
Aquele tipo de classificação foi criada há 30 anos, pretende salvaguardar a biodiversidade e, ao mesmo tempo, dar incentivos ao investimento, mas estava limitada às ilhas de Santiago, São Vicente, Sal, Boa Vista e Maio.
“Considerando o turismo como um dos principais pilares de desenvolvimento económico do País”, o governo justifica a extensão a outras ilhas para apoiar a “diversificação e desconcentração da oferta turística”.
“A ilha de Santo Antão é a segunda maior ilha de Cabo Verde e uma das mais impressionantes em termos de natureza, por conta do seu relevo acidentado onde se formam altas montanhas bastante procuradas para ‘trekking’”, designação inglesa para caminhadas em trilhos.
Segundo o governo, de 2016 a 2019, Santo Antão foi a ilha “que mais cresceu proporcionalmente em termos de procura turística e oferta, em grande parte devido a este nicho de mercado específico”.
A ilha de São Nicolau “encontra-se numa posição quase central em relação às restantes e possui características singulares em termos de cultura, história e natureza”, lê-se no diploma.
A dinâmica turística “é ainda incipiente, porém com enormes potencialidades”, acrescenta.