Carlos Bango, que falava à Inforpress, avançou que neste projecto a associação está a trabalhar com três captadores de pequena dimensão e por dia estão a conseguir mobilizar entre mil a 1500 litros, isso tendo em conta que nas zonas altas estão sempre com nevoeiros.
Nas zonas altas, conforme avançou, “felizmente” existe o potencial de captação das águas de nevoeiro, tendo a associação aprimorado a técnica de captação deste líquido praticada pelos criadores destas localidades com melhoramento de infra-estrutura e tem dado “bons resultados”.
“Neste momento estamos a passar para a etapa de massificação juntamente com os criadores, sendo que o projecto é uma infra-estrutura simples que utilizamos o máximo de recursos locais com poucas necessidades de utilizar materiais que vêm de fora e estes podem estar disponíveis para que os criadores e agricultores possam adquirir”, disse.
Neste sentido, realçou ainda que os materiais podem estar disponíveis a baixo custo, mas garantiu que a associação sempre tenta mobilizar mais parceiros para esses tipos de iniciativas.
Porque, explicou, acreditam que o projecto é acessível para os criadores que muitas vezes são pessoas com situação financeira vulneráveis, uma vez que assim possam ter oportunidade de praticar uma agricultura ou pecuária “adaptada ao contexto”.
Para os captadores de água, acrescentou a mesma fonte, a preocupação era deixar menos resíduos no ambiente e aproveitar as matérias que são de baixo custo, como árvores mortas, bambu e outros tipos de vegetação que existem no local.