A feira, que actualmente ocupa a Avenida Cidade de Lisboa aos domingos, era inicialmente realizada noutro local, mais concretamente no Largo de Sucupira, foi transferida para permitir a execução das obras de requalificação da estrada.
Apesar da intervenção já ter sido concluída e a via ter sido inaugurada em Março do ano passado, a feira manteve-se na actual localização.
A situação tem gerado críticas por parte dos condutores de “Hiace” que operam na ligação entre a cidade da Praia e o concelho da Ribeira Grande de Santiago.
Em declarações à Inforpress, Roberto Fernandes, um dos condutores que faz a ligação entre os dois concelhos, salientou que a mudança da feira para a avenida provocou “grandes constrangimentos” na circulação, dificultando a paragem dos veículos e colocando em risco a “segurança rodoviária”.
“Não recebemos nenhum comunicado de que a feira iria ser transferida para a avenida”, afirmou Roberto Fernandes que foi secundado por outros condutores.
Fernandes também afirmou que “a situação está complicada”, principalmente aos domingos, porque a utilização desta via para feira “prejudica muito” o trabalho dos condutores.
Por sua vez, Isaías Silva destacou que a falta de comunicação aumenta o “sentimento de incerteza” entre os trabalhadores.
“Espero que as autoridades competentes tomem medidas cabíveis, se não houver mudança, vamos continuar a enfrentar as mesmas dificuldades”, referiu.
Wilson Fernandes, condutor, também criticou o impacto visual e funcional da feira no meio da avenida, sublinhando que em caso de “compromisso urgente”, as pessoas precisam procurar vias alternativas.
“A feira no meio da avenida não é nada bonita, além disso, o trânsito aos domingos fica reduzido praticamente a uma única via, o que é extremamente perigoso”, alertou.
O condutor chamou ainda atenção para as cordas utilizadas para fazer sombras nas bancas, que representam sério perigo para quem circula.
Outro problema mencionado foi a falta de informação aos passageiros.
Muitos desconhecem que, aos domingos, a paragem dos “Hiaces” com destino ao concelho da Ribeira Grande de Santiago muda de local devido à feira, ficando no ponto habitual à espera do transporte, sem sucesso.
Os condutores apelam às autoridades competentes para averiguar a situação e encontrar soluções que conciliem a realização da feira com a segurança e o bom funcionamento do trânsito na cidade.
A Inforpress contactou o Serviço Público de Abastecimento do Município da Praia (SEPAMP), responsável pelos mercados, sobre a situação, contudo até ao momento não se obteve a reação deste serviço da autarquia.