A iniciativa, que assinala o Dia Internacional de Consciencialização sobre a Doença Falciforme, de acordo com uma nota do MS, visa aumentar a consciencialização da população e dos profissionais de saúde sobre esta condição genética, melhorar a capacidade diagnóstica e terapêutica, bem como reforçar a importância da implementação do programa de rastreio neonatalno país.
A Jornada também pretende contribuir para a redução da morbilidade e mortalidade associadas à Doença Falciforme, reforçando a necessidade de um acompanhamento contínuo e qualificado aos pacientes afectados.
Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Internacional de Consciencialização sobre a Doença Falciforme tem como propósito alertar para a gravidade desta hemoglobinopatia hereditária, caracterizada pela produção de uma hemoglobina anormal (HbS), que provoca a deformação dos glóbulos vermelhos em forma de foice. Essa alteração afecta o transporte do oxigénio no organismo, causa obstruções nos vasos sanguíneos, crises de dor aguda, anemia crónica, danos em órgãos vitais e maior vulnerabilidade a infecções.
Em Cabo Verde, a doença tem maior prevalência nas ilhas do Sotavento, em particular na ilha de Santiago. Estão identificados cerca de 140 casos, sendo que mais de 90% estão actualmente inscritos na consulta de Hematologia do HUAN. Estima-se, no entanto, que o número real de casos possa ser superior, principalmente em zonas com forte presença de comunidades originárias do continente africano.