O consultor deste estudo, Antero Matos, salientou à imprensa que um exemplo disso é que as Forças Armadas necessitam de, semestralmente, cerca de 400 jovens para incorporação e na última incorporação não ter chegado a 300.
“Isso dá uma ideia clara da situação grave no domínio do recrutamento que existe no país. De modo que há que atacar esse aspecto e na medida do possível, tentar atacar as questões, os problemas que afectam essa fluência para que a fluência seja natural”, ressaltou o brigadeiro-general.
Por isso, referiu que se constatou que é necessário aumentar os incentivos materiais e morais para atrair os jovens para as Forças Armadas.
Conforme explicou, há incentivos para o pessoal em regime de serviço militar obrigatório e há incentivos para o pessoal em regime voluntário.
Dos incentivos materiais propõe-se um aumento da compensação financeira desses. Um soldado de 3 e 4 mil escudos poderia passar a ter um rendimento de cerca de 14 mil escudos.
Nas questões morais propõe-se a criação de medalhas específicas para os militares em regime de prestação de serviço mais curto. E, ainda, procurar um melhor relacionamento no sentido de encontrarem, quando ingressam nas Forças Armadas, uma ambiência que possibilite a sua melhor adaptação.
O mesmo avançou que ao pessoal do regime voluntário, também se propõe uma série de incentivos, como um aumento substancial da compensação financeira, ou então, sendo possível, a fixação de um salário que não seria inferior ao rendimento mínimo da função pública.
“Também é compensada a participação do Estado no pagamento da propina, nas escolas superiores e secundárias, na formação profissional e no ensino superior, para os jovens voluntários que frequentam as Forças Armadas e depois também abandonarem as fileiras, ainda com subsídios de família” avançou.
Segundo explicou, terão também assistência social para si e para os seus familiares, entre outros incentivos.