Num evento, que reuniu autoridades governamentais, membros do conselho de administração da RTC e inúmeros colaboradores da estação, a presidente do conselho de administração Karine Craveiro Miranda, caracterizou o momento como um “marco no percurso da comunicação social pública nacional”.
“O contrato que hoje assinamos reafirma a natureza pública do serviço que prestamos, e reforça o compromisso com o Estado com o futuro da nossa televisão e rádio pública e com a sustentabilidade da empresa, e a compensação financeira, num momento em que os desafios da transformação digital, os imperativos da sustentabilidade económica e as demandas de um público cada vez mais formado e informado”, disse a presidente.
O novo contrato, a vigorar para os próximos 15 anos, reconhece explicitamente a importância da era digital abrangendo os serviços tradicionais de televisão e radio, desde a produção, emissão e difusão de conteúdos sonoros e audiovisuais através da oferta audiovisual online, incluindo serviços ‘on-demand’ das diversas plataformas tecnológicas.
Segunda a mesma fonte, visa ainda alcançar a comunidade da diáspora, visando a afirmação, valorização e defesa da imagem e marca Cabo Verde nos quatro cantos do globo.
Inovação, música cabo-verdiana, língua oficial portuguesa e desporto são eixos estratégicos destacados no memorando, que contempla a reserva de programação para produção nacional independente e conteúdos da diáspora, fomentando a economia criativa local.
Para a PCA da RTC, o novo contrato inclui ainda quotas para temas de educação, saúde, ambiente, cidadania e cultura, como parte da missão social da RTC. Introduzem-se também métricas periódicas de desempenho, alinhadas com melhores práticas internacionais.
Karine Miranda destacou igualmente os desafios que se apresentam com a sustentabilidade financeira, independência editorial, retenção de talento e aceleração tecnológica, mas afirmou confiar no empenho e criatividade dos profissionais da RTC para os superar.
O contrato sucede ao anterior, celebrado em 2013 por representantes como Lourenço Lopes e Alcindo Mota, pelos Serviços do Estado, e Humberto Santos e Vítor Varela, pela administração da RTC.
“A RTC é um património do povo das ilhas e da diáspora e, perante os cabo‑verdianos, celebramos este pacto com o futuro”, disse, reafirmando o compromisso com “a verdade, a pluralidade, a diversidade, a igualdade, a inclusão, com a informação, a educação, a cultura e o bem‑estar dos cabo-verdianos”, concluiu.