A iniciativa, prevista para o próximo ano visa a melhoria da cobertura dos especialistas em Cabo Verde e diminuir gradualmente a dependência das missões médicas estrangeiras.
Estão também incluídas, no plano, conforme este ministério a mobilização de parcerias com universidades de referência internacionais, com destaque para Portugal, Brasil, Estados Unidos e instituições multilaterais, a criação de um modelo de financiamento sustentável, com reorientação progressiva dos recursos atualmente despendidos com cooperação externa e evacuações médicas.
O plano prevê a formação de 875 médicos especialistas até 2045; a cobertura de 25 especialidades prioritárias, a redução superior a 80% das evacuações médicas externas. Também que 90% dos médicos do SNS sejam especialistas até 2045 e a substituição de até 160 milhões de escudos/ano em médicos cooperantes estrangeiros por médicos nacionais altamente qualificados.
No que se refere ao impacto financeiro, a mesma fonte explica que, por cada escudo investido na formação de especialistas nacionais, prevê-se uma poupança de 2,8 escudos no sistema de saúde, através da eliminação progressiva de despesas com evacuações e contratação externa.
“Estamos, assim, perante uma medida com retorno comprovado — técnico, financeiro e social”, indaga.
Segundo o Ministro da Saúde, esta discussão já vem de algum tempo e deve agora ser materializado com a montagem de um programa de formação especializada de médicos para responder às necessidades crescentes do Sistema Nacional de Saúde.
Nesta empreitada, o Governo pretende contar com vários parceiros de entre os quais a Associação dos Médicos Cabo-verdianos residentes nos Estados Unidos aqui representado pelo médico Júlio Teixeira, as outras comunidades médicas da diáspora, as universidades nacionais e internacionais, as ordens profissionais, entre outros parceiros.