À chegada do navio ao Mindelo, Nuno Félix sublinhou que a embarcação reforça a capacidade de resposta em várias frentes.
“Este é um navio que traz um conjunto de valências para apoiar a população de São Vicente e, sobretudo, para trabalhar lado a lado com as autoridades cabo-verdianas. Entre elas, uma pequena capacidade de produção de água, destinada de forma prioritária às necessidades mais críticas do hospital. Está também prevista a deslocação a Santo Antão para transportar água excedente daquela ilha para o Mindelo”, indicou.
Entre as missões previstas, destaca-se ainda a inspecção ao fundo da Baía do Porto Grande, considerada essencial para assegurar a segurança da navegação.
“A verificação do estado do fundo da baía é para garantir a segurança da navegação e inclui missões concretas de apoio às populações e de colaboração nos trabalhos intensos de recuperação da cidade e da ilha. A vinda deste navio mostra que a solidariedade não pode ficar apenas por palavras e que, neste caso, se traduz em ações concretas. Estaremos aqui nesta fase crítica ao lado de Cabo Verde e dos cabo-verdianos”, afirmou o diplomata.
O comandante do navio, capitão-tenente Vítor Manuel Silva Santos, disse que a missão é contribuir para a reposição da normalidade na ilha.
“O apoio é sempre curto, mas vamos dar o nosso máximo para ajudar e colocar Mindelo novamente numa situação normalizada, ou pelo menos aproximar-nos disso, dando o nosso melhor”, garantiu.
Por seu lado, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, destacou o reforço de recursos humanos e técnicos que a chegada do navio representa.
“O Sines tem especialização em intervenções em infra-estruturas críticas, na remoção de grandes volumes e também alguma capacidade de pesquisa hidrográfica. Na zona da baía, ainda temos objectos de grande dimensão, incluindo uma viatura, e o navio vai apoiar na sua remoção, com mergulhadores especializados. Também dispõe de capacidade de bombagem de água, o que será útil para retirar água acumulada em caves e pântanos. Em conjunto com a Protecção Civil, vão percorrer a cidade para identificar onde podem ser mais úteis, incluindo a remoção de escombros”, explicou.
Paulo Rocha reconheceu que ainda há muito por fazer para repor a normalidade em São Vicente e elogiou a entrega das instituições e da sociedade civil, que continuam na linha da frente da limpeza e apoio aos mais afectados.