Dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com base em registos administrativos provenientes dos Registos, Notariado e Identificação (RNI), dão conta que no período de análise, ocorreram 6.760 nascimentos, o que representa uma redução de 1.287 nascimentos em comparação com 2022.
A Taxa Global de Fecundidade (TGF), caiu de 77,5‰ em 2016 para 52,1‰ em 2023 , valor mais baixo registado em todo o período analisado (2016-2023). 2,1% do total dos nascidos decorreram de partos gemelares e 6,5% dos nados-vivos têm pelo menos um dos pais estrangeiro. A idade média das mães subiu para 26,2 anos em 2016 para 27,9 anos em 2023.
Ainda no que se refere a matéria de nascimento, o relatório identificou que que 5,9% dos registos foram efectuados sem a identificação paterna, destacando-se o concelho do Maio com a maior proporção (14,4%). Setembro, pelo terceiro ano consecutivo, foi o mês com mais nascimentos, 628 registos (cerca de 9% do total) e Junho com o menor número (486).
Em termos de óbitos, no ano de 2023, registaram-se 2.925 mortes, menos 107 óbitos que me 2022. A maioria desses óbitos ocorreu em homens, totalizando 1.649 mortes (56,4%) e em pessoas de com 65 anos ou mais (58,7%). Em 2023 morreram, no total 1.276 de mulheres (43,6%).
De acordo com o INE, a taxa de mortalidade infantil, manteve-se estável, registando 13,8‰ em 2022 e 13,7‰ em 2023. Já mortalidade neonatal subiu de 10,0‰ em 2022 para 11,0‰ em 2023 e a mortalidade neonatal precoce apresentou valores muito próximos nos dois anos, de 5,3‰ em 2022 e 5,6‰ em 2023. O mês com mais obtidos foi Outubro, com 273 registos, correspondendo a uma média diária de cerca de 9 óbitos.
Em 2023, registaram-se 2.435 casamentos, correspondendo a uma ligeira redução de 19 face a 2022. Essa diminuição pouco significativa fez com que a Taxa Bruta de Nupcialidade permanecesse estável em 4,8‰, o mesmo valor observado em 2022.
Os dados revelam uma tendência crescente de adiamento do casamento para ambos os sexos, evidenciada pelo aumento progressivo da idade média ao casar ao longo do período analisado (2016-2023). Os homens continuam a casar-se mais tarde do que as mulheres, com uma diferença relativamente estável de 3 a 4 anos.
Entre 2016 e 2023, a idade média ao casamento passou de 38,6 para 40,4 anos entre os homens (mais 1,8 anos) e de 34,5 para 36,4 anos entre as mulheres (mais 1,9 anos). 1
Do total de casamentos celebrados, a maioria corresponde a primeiros casamentos (89,3%), sendo a forma civil, a principal modalidade de celebração (95,5%). A maioria dos casamentos foi celebrada em regime de comunhão de bens adquiridos (41,4%) ou em regime de comunhão geral de bens (41,3%), os realizados em regime de separação de bens representaram 7,6% do total.
O INE destacou que o mês de Janeiro foi o com maior número de casamentos realizados, totalizando 421 registos, o que corresponde a uma média diária de 14 celebrações.