Segundo o Diretor-Geral da CaboPlast, Chady Hojeige, a unidade, localizada na zona industrial da Achada Grande Trás, orçada em cerca de 150 mil contos,tem uma capacidade de reciclagem de aproximadamente 300 toneladas por mês.
“Neste momento, temos uma capacidade instalada já fixa de quase 300 toneladas, algo entre 250 e 300 toneladas de reciclagem de plástico por mês e de diferentes tipologias de plástico, porque na família de plásticos existem graus diferentes, orçado por volta dos 150 mil contos”, avançou.
Relativamente ao impacto na criação de emprego, Chady Hojeige revelou que, de momento, 20 pessoas trabalham no setor de produção, ligadas às máquinas.
No entanto, como associações e organizações estarão envolvidas no processo de recolha do plástico, o impacto final será maior.
“Neste momento, temos cerca de 20 pessoas na nossa unidade de reciclagem. Estamos a falar de pessoas que trabalham directamente ligadas às máquinas, mas, ao analisarmos o impacto que isso terá a nível nacional, em todas as ilhas, nas associações e noutros, não sei se posso falar em números efectivos, mas vai ser bastante considerável, porque isso também influencia os aterros municipais, em todos os municípios. Portanto, acredito que um grande número de pessoas ficará ligado a este projecto”, frisou.
O Presidente da República, José Maria Neves, considera que esta unidade contribuirá para a geração de riqueza e adiantou que está a ser planeada uma deslocação à ilha de Santa Luzia, para que a população possa observar a quantidade de plástico existente e encontrar soluções para a sua remoção.
“Contribuirá para o desenvolvimento da indústria, para termos mais economia, para termos mais empregos, mas também para termos um melhor ambiente, uma gestão sustentável do nosso ambiente. Estamos a programar uma ida à ilha de Santa Luzia para que os cabo-verdianos tenham a perceção da quantidade de toneladas de plástico que existe nesta ilha, e temos de saber como retirar esse plástico da ilha. Temos também nos nossos mares uma grande quantidade de plástico, e os microplásticos vão depois prejudicar a nossa biodiversidade marinha. É tudo isto que temos de considerar em projectos desta natureza: mais economia, mais empregos, mais rendimentos para as famílias, transformar o lixo em riqueza e também melhorar o ambiente”, destacou.
O plástico reciclado por esta unidade será utilizado na produção de sacos de plástico, sacos de lixo, tubos de polietileno da CaboPlast, podendo também ser aplicado na construção de fossas sépticas. A unidade de reciclagem de plástico de Cabo Verde vai tratar plásticos provenientes de todas as ilhas do país.
Neste momento, está-se a trabalhar na assinatura de parcerias com as câmaras municipais, sendo que já existe uma colaboração com a Câmara Municipal da Praia nesse sentido.