Maria Mendes, uma vendedora de vestuários e calçados, disse à Inforpress que 2025 foi um ano “muito difícil” devido ao aumento dos preços dos produtos tanto dos produtos alimentícios como nos vestuários e calçados.
Realçou que este aumento se reflecte sobretudo nos produtos alimentícios, o que dificulta a maioria das famílias cabo-verdianas que tem um “salário baixo” e ainda outros que estão na situação de desemprego, a terem uma “má qualidade de alimentação”.
Esta vendedeira espera que em 2026 esta situação seja melhorada, de modo que toda a população deste país, sobretudo os mais vulneráveis, tenham melhores condições de vida.
Para além da Maria Mendes, a Inforpress conversou também com uma dona de casa, Edna Gomes, que contou que o ano 2025 “não foi fácil” e espera que o novo ano seja melhor, com muitas realizações, saúde e segurança.
Esta dona de casa que reside na zona de Achada Santo António, disse sentir-se preocupada com o aumento dos preços dos produtos alimentícios, tanto os importados como os nacionais, e espera que esta situação melhore em 2026 para que todas as pessoas tenham poder de compra.
“Quando o poder de compra diminui, as famílias substituem alimentos frescos e nutritivos por alimentos ultra-processados, trazendo várias complicações para a saúde”, alertou, sublinhando que ter uma alimentação adequada e saudável é “fundamental para a saúde”.
Nesse sentido, apelou por mais emprego e aumento salarial para que todos os cabo-verdianos vivam com dignidade.
“O custo de vida em Cabo Verde está muito caro e não se adequa com o rendimento do povo deste país”, disse, realçando que, actualmente, por onde passa se ouvem as pessoas a reclamar dos preços.
Apesar do aumento da inflação mostrou-se optimista relativamente ao novo ano e aproveitou para desejar “boas entradas” a todos, com muita paz, saúde e amor.
Uma outra entrevistada, Helena Silva, disse esperar que 2026 traga mais segurança, emprego, amor, paz e aumento salarial para que todos possam “viver bem”.
Segundo afirmou, a sua maior preocupação é o aumento dos preços dos produtos alimentícios e o aumento da delinquência juvenil na Praia, considerando que estes dois aspectos têm de ser melhorados para que todas as pessoas, sobretudo, deste município possam viver "com mais tranquilidade na rua e em casa”.
Apesar de uma ligeira descida na taxa de inflação anual, o custo de vida continua a ser a principal fonte de descontentamento dos entrevistados, sendo que todos são unânimes em dizer que é preciso melhorar tanto esta situação, como a segurança, a educação dos jovens, saúde, emprego e rendimento das famílias.
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