MpD: Cândido Rodrigues faz críticas internas ao partido

PorAndré Amaral,14 ago 2015 17:30

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Deputado eleito pelo círculo das Américas e Resto do Mundo publicou um post, no Facebook, onde tece críticas ao actual momento do MpD.

“Comecemos pelos grandes acontecimentos políticos: A aprovação do estatuto de cargos politico. Se o MPD tivesse posicionado contra hoje estaria de longe com uma grande popularidade da grande franja dos cabo-verdianos”, defende Cândido Rodrigues que entende igualmente que a candidatura de Cristina Duarte à presidência do BAD foi “uma oportunidade” perdida pelo “MpD e o seu líder” para mostrar que a Ministra das Finanças “foi a maior responsável pelo desastre económico que o país atravessa”.

Mas as críticas de Cândido Rodrigues são, igualmente, dirigidas para dentro do partido. “Antes no MPD todos os elementos que constavam da comissão politica ou qualquer órgão do partido tinha que passar obrigatoriamente pela eleição. Hoje a escolha e feita exclusivamente pelo presidente do partido e o resultado esta a vista de todos. A comissão politica mais fraca do MPD de todos os tempos”.

No texto publicado no Facebook e a que dá o nome “O que ninguém quer ver no MpD”, Cândido Rodrigues aponta, igualmente, o que considera ser um erro na estratégia partidária. “Antes no MPD havia grupos de trabalho espalhado em todas as ribeiras junto das pessoas ouvindo seus problemas e acompanhando o partido no poder e suas movimentações. Hoje o partido mergulhou-se em conferências e comunicados de imprensa nos palcos urbanos repetindo constantemente os mesmos problemas e sufocando as mesmas caras de sempre com os mesmos discursos”.

Ironicamente, também a utilização das redes sociais é apontada como um problema por este deputado. “Todos usam a internet para colocar um post sobre assuntos do dia a dia com ilustrações de temas interessantes”, aponta Cândido Rodrigues que, de imediato, critica: “O pecado disto tudo é que o partido no poder nem esta lá para responder porque sabem que Facebook e social media têm influência mas não garantem vitórias. A prioridade do PAICV é o contacto directo como sempre fizeram”.

2016 é ano de eleições e Cândido Rodrigues acusa: “Antes de chegarmos ao poder muitos querem empurrar seus patrícios para poderem livrar-se da concorrência muitas vezes com intrigas e falsidades ao passo que o partido no poder tenta a cada segundo aproximar dos descontentes para poderem chegar as eleições sem fragmentos ou com uma ideia de união mesmo que seja fingida”. E, de imediato, conclui: “Muita gente não irá ficar contente comigo e vão propor mais uma reunião da comissão politica para expulsar-me do partido. Só tenho uma certeza: Sou mais MPD do que qualquer um deles. A minha grande vantagem e não estar à procura de emprego...”

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Autoria:André Amaral,14 ago 2015 17:30

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  15 ago 2015 10:21

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