Para o Chefe de Estado, estes vinte e cinco anos em democracia têm decorrido sem crises relevantes e os cidadãos vêm adquirindo uma cultura constitucional forte e bem mais vasta. “Os cidadãos têm assegurados os direitos, liberdades e garantias”, disse.
Por estas razões, o Presidente da República não encontra motivos para se proceder a mudanças drásticas na actual Constituição e afasta mesmo a possibilidade de haver uma alteração do modelo político actual de Cabo Verde.
“O nosso sistema [Parlamentarismo mitigado] serve a estabilidade política, social e institucional. Se garantimos equilíbrio e estabilidade, vamos mudar para quê?”. Até porque, como frisou o Chefe de Estado, modelos presidencialistas no continente africano não são exemplos de bom funcionamento da democracia.
A questão, para o Presidente da República, é outra: é preciso agir mais e perder menos tempo entre a decisão e a execução. “O nosso défice é de acção, para resolver os desafios do emprego, da segurança, da perspectiva para os jovens, mais inclusão social e menos assimetrias regionais”.
Jorge Carlos Fonseca está a caminho de Angola, onde vai participar na tomada de posse do recém eleito Chefe de Estado João Lourenço.