Artigos de Jorge Montezinho* no nosso arquivo
Economias africanas entre as que mais vão crescer a nível mundial
Níger, Senegal, Costa do Marfim, República Democrática do Congo (RDC) e Ruanda vão ser as locomotivas da economia do continente. Dois documentos: um relatório da UNECA e um Outlook do BAD estimam que os países africanos dominem as 10 economias com maior crescimento do mundo em 2024. Economistas ouvidos pelo Expresso das Ilhas recomendam cautela na análise dos dados.
“Estamos a procurar reduzir os custos para os nacionais, procurando escala através de negócios no exterior”, João Domingos
A Cabo Verde Telecom, membro da Carrier Comunity, será anfitriã do West Africa 2024 GCCM (Global Carrier Community Meeting), primeira edição do evento a ser realizada na região da África Ocidental, que terá lugar nos dias 18 e 19 de Abril na Ilha do Sal.
“O roteiro turístico de Santiago vai transformar as potencialidades em oportunidades”
A criação do roteiro turístico da ilha de Santiago começou o ano passado – um projecto financiado pela Cooperação das Canárias, a fundo perdido, para a internacionalização das empresas Canárias e de Espanha. A primeira parte serviu para traçar um diagnóstico, e agora está a trabalhar-se na segunda fase do projecto, também financiado pela Cooperação das Canárias e pelo Ministério do Turismo, que é a criação dos vários roteiros que vão organizar o turismo em Santiago e, posteriormente, nas outras ilhas.
74% dos CEO cabo-verdianos acreditam que os seus negócios se manterão viáveis na próxima década
A PwC realiza anualmente, a nível global, um inquérito junto de milhares de CEOs das maiores empresas do mundo sobre as preocupações e tendências relevantes nas organizações. Este ano, pela primeira vez, Cabo Verde foi considerado neste inquérito, com mais de 30 respostas de CEOs cabo-verdianos. Maioria diz estar optimista com o futuro.
“Gostávamos de diversificar e estamos abertos a todos os sectores, sobretudo os mais estratégicos”, Pedro Barros
A funcionar há pouco mais de um ano, o Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado (FSGIP) já atribuiu garantias a dois projectos que significam cerca de 700 postos de trabalho. O FSGIP, que está efectivamente operacional desde Janeiro de 2023, é um fundo direccionado para os grandes investimentos e dá a possibilidade às empresas comerciais privadas de direito cabo-verdiano de poderem ter acesso ao financiamento junto das entidades financeiras fora do país, actuando por duas vias: a primeira através da emissão de valores mobiliários, nomeadamente as obrigações, podendo ser realizado em Cabo Verde ou fora do país, e a segunda garantir financiamento através do crédito, quer sejam créditos junto da banca nacional ou junto das instituições financeiras externas. O FSGIP arrancou com um capital de 100 milhões de euros – 5% do PIB cabo-verdiano –, mas o Governo prevê, a curto prazo, capitalizar o fundo para um montante de 200 milhões de euros e, a médio prazo, chegar aos 500 milhões de euros. Como consta do preâmbulo da Lei que cria o FSGIP, afasta-se o suporte ao investimento meramente especulativo ao determinar que o Fundo será gerido de forma a nunca ter uma notação inferior a “A” atribuída pelas agências de notação financeira. Ou seja, pretende-se dar uma orientação indirecta às empresas, que ficam assim obrigadas a robustecer a sua organização, a apresentarem indicadores de solidez económico–financeira e a prestarem grande cuidado na avaliação dos seus projectos, tendo em conta a necessidade de lhes garantir a viabilidade económico-financeira num quadro de minimização dos riscos associados. Com um mandato de cinco anos, o presidente do FSGIP, Pedro Barros, falou com o Expresso das Ilhas sobre o presente e o futuro do Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado.
Cabo Verde pode ser o 11º país africano a ter a presença da Coris Holding
A sociedade com sede no Burkina Faso foi a escolhida pelo governo português para comprar a participação da Caixa Geral de Depósitos no BCA. Mas ainda falta a luz verde do Banco de Cabo Verde. Até ao momento, não entrou qualquer documentação no Banco Central.
“Quanto mais forte for a Universidade de Cabo Verde, melhor será o país e mais forte será a nossa cooperação”
Entre 16 e 20 de Março, uma comitiva da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) – uma das mais jovens universidade públicas portuguesas, situada em Vila Real, no Norte do país – vai deslocar-se a Cabo Verde para firmar parcerias com a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
Economia deve abrandar no último trimestre de 2023
Os Indicadores Económicos e Financeiros, publicados este mês pelo Banco de Cabo Verde, apontam para uma desaceleração da actividade económica nacional no quarto trimestre de 2023. Os dados mostram uma procura interna ainda fraca. O investimento deverá reduzir. O consumo deverá manter-se moderado.
Proposta do Governo para articulação põe em causa autonomia do Banco Central
Depois do Governo validar o primeiro leilão do INPS e avançar para um “quadro regulamentar claro” que permita continuar a prática, o Presidente da República, veio dizer que o Governo não pode articular posições com o Banco de Cabo Verde e com Instituto Nacional da Previdência Social porque põe em causa a autonomia do regulador do sistema financeiro.
BCV mantém política monetária
Banco de Cabo Verde não vai mexer nos juros. Comité de Política Monetária fundamentou recomendação de pois de analisar os desenvolvimentos macroeconómicos recentes, dentro e fora do país, que mostram uma trajetória de descida da inflação e uma pausa na subida das taxas de juro pelos principais bancos centrais.
“Ter 3 a 4 milhões de turistas em Cabo Verde é um número realista a médio prazo”
A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) bateu o recorde de público na edição deste ano, em que Cabo Verde foi o destino internacional convidado e um dos destaques do certame. Na quinta-feira passada, de manhã até ao final da tarde, o arquipélago mostrou a nova estratégia para o turismo, os novos segmentos a serem explorados, as oportunidades de investimento, os novos sectores estratégicos e modelos de financiamento. Falou-se da nova visão que assenta num desenvolvimento sustentável, um crescimento saudável, olhando para as preocupações ambientais, sociais e económicas. De um crescimento não apenas baseado na quantidade, mas também na qualidade. De um turismo praticado em todas as ilhas e que, em complemento ao sol e praia, abarque também a natureza, a cultura, os cruzeiros, ou os nómadas digitais. Apontou-se os objectivos de promoção que vêm com a nova marca do turismo de Cabo Verde, uma promoção feita de dentro e não a reboque dos grandes grupos. Em Lisboa, o Expresso das Ilhas falou com o Ministro Carlos Santos, que esteve na BTL a apresentar para os empresários portugueses a nova estratégia para o turismo cabo-verdiano.
TACV regressa aos voos domésticos
Agora é oficial, a companhia aérea cabo-verdiana volta a operar voos dentro do país, quase sete anos depois da sua eliminação. Bestfly, a companhia que faz actualmente os voos domésticos, garante que vai continuar em Cabo Verde.
Cabo Verde em destaque na Bolsa de Turismo de Lisboa
Arquipélago é o destino internacional convidado do certame que começa esta quarta-feira e vai até ao dia 3 de Março. Coimbra e Açores são outros destinos em destaque na edição deste ano. Quando anunciou a escolha de Cabo Verde, a BTL referiu que a participação do país neste evento reforça os laços entre Portugal e Cabo Verde, “proporcionando aos visitantes uma visão aprofundada dos recursos turísticos que o destino tem para oferecer”.
Múltiplas crises estão a impedir desenvolvimento socioeconómico de África
Cabo Verde cresce acima da média continental, mas há 24 economias com melhor desempenho. A dinâmica da recuperação económica de África abrandou, com o crescimento médio real do PIB a diminuir para cerca de 3,2% em 2023 (4,1% em 2022). Este declínio é o resultado de variados choques e de pressões inflacionistas elevadas que afectam as principais economias africanas.
Procurar soluções para o impacto das múltiplas crises em África
Organizada pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) a Conferência dos Ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico (COM2024), vai abordar os desafios que a maioria dos países enfrenta actualmente e como os atacar. A economia azul, uma das apostas de Cabo Verde, vai estar em cima da mesa.
Conversão da dívida tem de realmente beneficiar Cabo Verde, avisa director do Departamento Africano do FMI
Acordo entre Cabo Verde e Portugal abordado por Abebe Aemro Selassie durante briefing regional do Fundo Monetário Internacional, com o responsável a afirmar que o projecto luso/cabo-verdiano está a ser seguido com muita atenção.
Governo quer fechar privatizações até à primeira metade de 2025
Caixa Económica deu o tiro de partida, as outras empresas públicas na calha incluem a CV Handling, a ENAPOR, Emprofac/Inpharma, Electra, Cabnave, TACV, Água e Energia de Boa Vista e a alienação da participação detida pela Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) e Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) na Cabo Verde Telecom.
PIB aumentou 7,0% em 2021
Já lá vão 3 anos, em 2021 o Produto Interno Bruto (PIB) evoluiu positivamente, traduzindo-se num aumento de 7,0% face ao ano anterior, o da grande queda por causa da pandemia. A evolução da economia cabo-verdiana, em 2021, deveu-se à reabertura gradual da actividade económica, consequência do avanço da taxa de vacinação e do alívio das restrições e das medidas de contenção.
“Em 2023 concedemos à economia cabo-verdiana mais de 26 milhões de contos”
A história do BCN remonta a Fevereiro de 1996 altura em que o Banco Totta & Açores, de Portugal, abriu uma sucursal na Cidade da Praia. A sucursal passou a Banco de direito cabo-verdiano, com a denominação de BTCV – Banco Totta de Cabo Verde, em Janeiro de 2003, abrindo mais duas agências no Mindelo e na Assomada. Com a criação do BTCV começa uma nova fase do Banco que viria a culminar com a aquisição, em Outubro de 2004, da totalidade do seu capital, pela empresa cabo-verdiana SEPI – Sociedade de Estudos e Promoção de Investimentos, S.A. Com essa negociação surge assim o primeiro Banco privado e 100% cabo-verdiano em toda a história do sistema financeiro nacional. Em Fevereiro de 2005, por razões de ordem estratégica, a SEPI, decide alterar a denominação do Banco passando, a partir dessa data a chamar-se BCN – Banco Caboverdiano de Negócios. Em Fevereiro de 2007, o BCN e o Banif estabeleceram uma parceria estratégica, que vai contribuir para um reposicionamento do BCN no mercado cabo-verdiano da banca. A 24 de Março de 2017, a ÍMPAR adquire a posição accionista que o Banif detinha no BCN, correspondente a 51,7% das acções, concluindo assim as negociações que já vinham decorrendo desde Dezembro de 2016, voltando a colocar o BCN como o único Banco em Cabo Verde com capital e gestão 100% cabo-verdianos. Esta entrevista com o PCE do Banco não é para falar do passado, mas sim do futuro, de fora só ficou a questão INPS porque o BCN diz que nessa matéria “aguardará serenamente as conclusões do inquérito instaurado pelo Banco Central e que acatará sem reservas as orientações que lhe vierem a ser comunicadas pela Autoridade de Regulação do Sistema Financeiro”.
Todos contra um que só tem o apoio do sindicato
Leilão do INPS provocou três dias frenéticos, com comunicados atrás de comunicados – e uma conferência de imprensa da secretária-geral da UNTC-CS pelo meio, que não ajudou a acalmar a situação. Banca não gostou, BCV também não, INPS garante que só quer melhorar a rentabilidade da sua carteira. Agora, o Banco Central quer alterar as regras para evitar instabilidade financeira da banca cabo-verdiana.
mais