IA entre o aumento da produtividade e o alargar do gap tecnológico entre países ricos e pobres

PorJorge Montezinho,17 mai 2025 8:04

A Inteligência Artificial (IA) pode agravar a desigualdade tanto dentro dos países como entre os países. Pessoas e regiões de onde o rendimento é alto terão um benefício desproporcional, enquanto trabalhadores menos qualificados e regiões com poucos recursos correm o risco de ficar para trás. Nações com capacidades avançadas de IA avançam cada vez mais, aprofundando a desigualdade global. No entanto, o futuro não está definido. Se a IA vai aumentar ou reduzir a desigualdade global dependerá das escolhas políticas que se fizerem agora.

Governos e organizações internacionais devem agir rapidamente para combater os efeitos disruptivos da IA. Investimentos em educação, programas de requalificação e redes de segurança social são essenciais para evitar o aumento das disparidades. A tributação progressiva e a redistribuição de riqueza podem ajudar a reduzir a desigualdade dentro das nações, enquanto a cooperação internacional e a ajuda direcionada podem apoiar a adopção da IA em países em desenvolvimento.

A IA também tem o potencial de reduzir a desigualdade — se utilizada para o bem social. Inovações impulsionadas pela IA em saúde, educação e agricultura podem elevar os padrões de vida nos países em desenvolvimento, diminuindo a diferença entre ricos e pobres.

No entanto, também está a agravar as desigualdades económicas e sociais por causa das taxas desiguais de investimento, adopção e uso. Esta emergente "divisão da IA" significa que os países de rendimento alto se beneficiam dos avanços da IA, enquanto os países de baixo e médio rendimento, especialmente em África, ficam para trás.

“Quem mais necessita de introduzir tecnologias para acelerar o desenvolvimento são os países em desenvolvimento e, contrariamente e paradoxalmente, são esses países que não apropriaram as grandes oportunidades que estão a aparecer com o surgimento da inteligência artificial”, diz ao Expresso das Ilhas Hélio Varela, activista digital cabo-verdiano.

“É um paradoxo, mas é um paradoxo fruto também dum histórico”, continua, “onde os países em desenvolvimento, e África, metemos na cabeça que o nosso desenvolvimento deve ser de mão estendida. Portanto, obviamente, o nosso desenvolvimento está condicionado ao desenvolvimento dos países mais avançados, que nos ajudam. E não estamos a conseguir quebrar este ciclo”.

O paradoxo, também, do continente onde está a maior parte das matérias-primas necessárias para suportar a inovação tecnológica do mundo, mas que não as consegue refinar, transformar e tirar o proveito.

“Estamos a crescer, em relação à média mundial, de forma extremamente lenta”, sublinha Hélio Varela, “só daqui a 132 anos, é que África estará na média mundial, se continuarmos com este modelo de desenvolvimento. A África tem que olhar para este instrumento de inteligência artificial, que eu acho que é transformador, aproveitar esta oportunidade para acelerar o seu processo de desenvolvimento. A inteligência artificial, como está, quando aplicada em todas as áreas da sociedade, na educação, na saúde, no sistema financeiro, no desenvolvimento turístico, no comércio, na agricultura, na indústria, pode acelerar de forma nunca vivida a produtividade das sociedades”.

“É importante ter uma estratégia”, refere Antão Chantre, especialista em tecnologia. “Uma estratégia tecnológica, uma estratégia de engenharia. Temos de formar técnicos nacionais, criar uma cultura de engenharia, se começarmos a treinar técnicos, com certeza vamos reduzir esse gap [com os países desenvolvidos]”.

“Sem dados não treinamos algoritmos e sem algoritmos não haverá empresas nacionais inovadoras” - Antão Chantre

“A educação é a base de tudo”, reforça o consultor de IT, “apostar fortemente na matemática e na física. Na inteligência artificial, a base é a matemática. Eu não posso pensar em inteligência artificial se os nossos estudantes estão a fugir da matemática”.

Os ganhos de produtividade e os constrangimentos

O local de trabalho é onde a Inteligência Artificial pode levar a ganhos de produtividade e melhores condições de trabalho. No entanto, o acesso desigual à infraestrutura, tecnologia, educação de qualidade e formação pode levar à adopção desigual da IA, o que, por sua vez, agravaria as desigualdades em todo o mundo.

Os países desenvolvidos estão bem posicionados para alavancar a IA para ganhos de produtividade, enquanto os países em desenvolvimento podem enfrentar constrangimentos devido à falta de infraestrutura digital. Essa disparidade pode transformar uma barreira temporária contra mudanças impulsionadas pela IA numa barreira de longo prazo à prosperidade económica.

Hélio Varela vai mais longe e fala em invasão cultural que pode acontecer, através da IA, sem que os países tenham controlo sobre essa invasão. A solução? Construir motores e soluções próprias locais e regionais.

“Cabo Verde e África tem que ter os seus motores soberanos de inteligência artificial, que devem ser alimentados por dados profissionais”, afirma o activista digital. “Esses dados vão-nos fazer preservar a nossa cultura. Se nós não o fizermos, outros farão por nós. Portanto, a nossa cultura está em risco se nós não a defendermos neste mundo digital que agora começa a surgir de forma massiva na inteligência artificial”.

Até ao aparecimento dos motores chineses, países como os Estados Unidos estavam a despejar biliões de dólares para desenvolver inteligência artificial. O DeepSeek revolucionou também os números do investimento com gastos, disseram, à volta de 5 milhões de dólares, cerca de 500 mil contos. Ou seja, financiar uma solução de IA afinal pode não ser assim tão cara.

“Os motores de inteligência artificial, antes de entrar o DeepSeek, custavam centenas de milhões de dólares. Só as grandes corporações e os grandes países tinham capacidade de desenvolver motores de inteligência artificial”, explica Héliio Varela. “O DeepSeek provou que por poucos milhões se conseguem fazer motores de inteligência artificial e introduziu nesta dinâmica de inteligência artificial o conceito de motor soberano e empresarial. Agora mesmo, quer empresas quer países podem ter os seus motores soberanos”.

Dados e algoritmos

Mas nem só de dinheiro se faz a IA. A matéria-prima fundamental são os dados para treinar os algoritmos. E estes, para já, não abundam nos países em desenvolvimento.

“Temos de criar uma cultura de partilha”, refere Antão Chantre, “se o fizermos, os dados vão surgir. Se quero falar verdadeiramente de inteligência artificial com produtos locais, tenho que ter o acesso aos dados”.

“É tempo de abraçarmos uma economia aberta, partilhando dados das telecomunicações, energia, água, saúde e transportes, dos bancos, rumo ao open finance”, reitera o consultor de IT. “A Inteligência Artificial nasce dos dados que lhe dão vida—sem dados não treinamos algoritmos, e sem algoritmos não haverá empresas nacionais inovadoras. Cultivando desde a escola primária mentes curiosas e ousadas, construiremos algoritmos com alma cabo-verdiana— num país onde a liberdade inspira inovação e os sonhos ganham vida em produtos nacionais”.

“Os dados são gerados pela via digital”, diz Hélio Varela, “e para a via digital é preciso ter acesso. África tem um problema de acesso, porque as políticas africanas transformaram o acesso à internet num privilégio. África é o continente onde cada cidadão tem que gastar mais do seu rendimento mensal para aceder à internet. Quando devia ser o oposto. Em vez de investir tanto no hardware do betão, devia investir-se no digital, para que cada africano consiga aceder à internet de forma mais sustentável. O acesso à conectividade, o acesso à internet, vai automaticamente espoletar uma cultura de dados”.

Dados do Centro de Desenvolvimento Global mostram que a China é o único país abaixo do limiar de alto rendimento entre os 30 países mais inovadores. O acesso à internet é de apenas 27% em países de baixo rendimento e 52% em países de rendimento médio-baixo — em comparação com 80% e 93% em países de rendimento médio-alto e alto. Os custos da banda larga fixa representam apenas 1% do RNB (Rendimento Nacional Bruto) per capita mensal em países de alto rendimento, bem abaixo da meta de acessibilidade de 2% da Comissão de Banda Larga da ONU. Esses custos sobem para 3% em países de rendimento médio-alto e 8% e 31% em países de rendimento médio-baixo e baixo.

Uma transformação digital a todo o vapor

Uma rápida noção do ritmo com que a tecnologia atravessou as nossas vidas. Os telefones fixos levaram 75 anos para chegar aos 100 milhões de utilizadores globais. Os telemóveis atingiram essa marca em 16 anos e a internet demorou 7 anos. O Facebook levou 4 anos e meio e a Apple Store levou 2 anos. Surpreendentemente, o ChatGPT atingiu esse número em apenas dois meses. Essa taxa de uso sem precedentes não apenas destaca o potencial transformador da IA, como também prepara o cenário para uma grande mudança na conectividade global e nos sistemas económicos.

O uso da inteligência artificial tem potencial para conseguir avanços nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, melhorar a produtividade e os meios de subsistência. Mas sem uma gestão ética e transparente, a nova tecnologia pode aumentar as desigualdades socioeconómicas. O alerta é da Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento, a Unctad.

Mais números. A inteligência artificial deve gerar 4,8 mil milhões de dólares em 2033 e atingir um valor 25 vezes maior em apenas uma década. Em 2023, a nova tecnologia representava 7% do mercado mundial de tecnologia de ponta, mas em 2033 esta fatia será de 29%. Hoje, Estados Unidos e China concentram 60% de todas as patentes do sector e 33% das publicações sobre o tema no mundo. 40% das pesquisas sobre inteligência artificial foram financiadas por 100 empresas. Nenhuma delas de um país em desenvolvimento.

Outro alerta das instituições internacionais – Unctad e OIT, por exemplo – é que a inteligência artificial tem de chegar a todos. Se não, além das diferenças entre países, aprofundam-se também as lacunas dentro do próprio país.

“Se nós não garantimos a universalidade do acesso da inteligência artificial a todos os cidadãos do Cabo Verde, ou a todos os cidadãos africanos, vamos estar a perder”, afirma Hélio Varela. “Um agricultor que está no interior de Santiago, usando a IA, torna mais produtiva a sua agricultura. Se ele continuar a actuar da forma tradicional, perderá competitividade, a sua família perderá competitividade, a sua comunidade perderá competitividade, o seu país perderá competitividade e a região perderá competitividade. Portanto, neste momento já não é um motor para desenvolver aquele pescador ou aquele agricultor, não. É um instrumento para se garantir o desenvolvimento do país e da região”.

“Acredito firmemente que é uma oportunidade fantástica para a África, mas é uma ameaça se os líderes africanos, se a comunidade pensante africana, não sensibilizar os líderes a terem que mudar a lógica da mão estendida à espera que o mundo mais avançado consolide o desenvolvimento que depois nos passar. Isto vai destruir a África. Portanto, a África tem que começar a pensar pela sua própria cabeça, tem que começar a olhar os desafios na perspectiva africana e não na perspectiva do Norte”, refere o ativista digital.

“É fundamental fazer chegar a tecnologia a todos”, reforça Antão Chantre. “Apostar e investir decisivamente na literacia digital, apostando fortemente nas escolas básicas, criando desde cedo uma cultura digital que prepara as novas gerações. Depois disponibilizar internet em todos os lugares do país com um preço acessível ao bolso de cada cidadão”.

“A Inteligência Artificial tem o poder extraordinário de aproximar as ilhas, proporcionando igualdade de acesso à informação, serviços e oportunidades, independentemente da localização geográfica”, continua o consultor de IT. “Não preciso sair da Corda para ir ao Porto Novo tirar um documento. Eu não preciso sair da Corda para ir a São Vicente fazer uma consulta”.

Cabo Verde e a inovação

Em Cabo Verde, a Inteligência Artificial já começa a dar frutos práticos: bots generativos produzem documentos e respostas automáticas, nomeadamente atendimento online; agentes autónomos executam tarefas repetitivas antes manuais; algoritmos de Machine Learning apoiam o compliance, análise de risco e detecção de fraudes. No sector público, IA é usada na automatização de processos e na construção de planos estratégicos. Na educação, começam a surgir plataformas adaptativas. Há também avanços em gestão inteligente de água e energia.

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“Em Cabo Verde precisamos acreditar mais”, afirma Antão Chantre. “Precisamos de acreditar nos nossos técnicos. Temos especialistas em todas as áreas, precisamos ouvi-los, juntar mentes, com uma cultura de partilha de dados e de informação, conseguimos criar o ecossistema digital”.

“Se quisermos dar um passo diferente, temos que juntar mentes. Sozinho não consigo inovar. E não basta falar, dizer palavras bonitas. É preciso interação. É preciso fazer. É preciso aproximar”, refere o especialista em tecnologia.

Nos últimos anos Cabo Verde, as suas startups, começaram a frequentar os palcos mundiais para se mostrarem, mas ainda está longe de ser sociedade digital. Hélio Varela, que tem uma experiência de mais de três décadas no sector tecnológico em vários países, fama mesmo numa contradição.

“Estamos a viver um paradoxo em Cabo Verde, e eu fiz parte e faço parte deste processo, é uma autocrítica que faço também. Na minha opinião, Cabo Verde está deslumbrado e está enganado no seu processo de desenvolvimento digital. Vamos buscar o índice de desenvolvimento humano dos últimos 20, 30 anos de Cabo Verde e comparar com a média africana. Percebemos que a média africana está a crescer a uma velocidade e Cabo Verde a uma velocidade inferior. Portanto, este esforço que estamos a fazer no digital não está a acompanhar o esforço que a média africana está a fazer nesta dimensão”.

“A vontade de ir para o digital está a ser canalizada incorretamente. As startups têm que estar mais focadas nas questões de desenvolvimento que nós temos e não tanto em ir lá para fora. Não é importante ir à Europa, importante é vermos as nossas necessidades e adaptarmo-nos para o nosso desenvolvimento. Quantas startups estão a ter impacto no desenvolvimento do país?”, questiona o activista digital.

Segundo Hélio Varela, quando se inicia uma política de startups em que a grande mensagem é exportar serviços, ou aumentar o mercado, está a começar-se ao contrário.

“Temos o exemplo do NOSi, onde eu trabalhei 20 anos. O NOSi não começou o processo a pensar em ir para fora. O NOSi quando criou produtos foi para o país; o sistema de impostos, o sistema eleitoral, o sistema de registos, etc. Só depois de ter o produto é que começou a falar em ir para fora. Cabo Verde deve ser um ponto de prototipagem das empresas de startups. E para ser o ponto de prototipagem é preciso políticas públicas que permitam às startups ter negócios em Cabo Verde. Agora, dizer às startups: vão vender para o mundo? Vender baseado em quê? Onde é que estamos a experimentar? Onde é que está a nossa vantagem competitiva? Cabo Verde deve ter um espaço de experimentação das startups nacionais”.

E aqui, diz Hélio Varela, é que entram as políticas públicas inteligentes. “Por exemplo, é preciso desenvolver um sistema para a saúde. Vamos abrir um concurso para as startups nacionais, para poderem entender os problemas da saúde e desenvolver as soluções para a saúde e serem financiadas nesse desenvolvimento. E uma vez desenvolvidos, vamos fazer um contrato com elas. Em vez de estarmos a fazer um concurso internacional, que vai chegar uma empresa internacional e vai cobrar milhões de euros para desenvolver essa solução e não fica nada localmente. Não, fazemos um processo desde o início, dar oportunidade às startups, de perceber o que é que se passa, dar-se espaço, financiar-lhes um concurso de ideias, dar-lhes a possibilidade de experimentar, consolidar, fazer um contrato e já criamos uma empresa que agora sim pode ir ao Burkina Faso, pode ir a Angola pode ir a Moçambique e dizer eu tenho soluções para a saúde e já experimentei nos hospitais de Cabo Verde. Esta deve ser a abordagem das nossas startups”.

“A inteligência artificial, quando bem aplicada, pode acelerar de forma nunca vivida a produtividade das sociedades” - Hélio Varela

“Há várias formas de estimular as políticas públicas”, continua o ativista digital. “O acesso à internet, por exemplo. Eu compreendo que o acesso à internet tem um custo. Se eu vou para o TikTok, se eu vou para o Facebook, eu compreendo e faz sentido. Mas já não entendo que em África o acesso a serviços de produtividade, públicos ou privados, sejam pagos. Qualquer cabo-verdiano devia navegar gratuitamente para uma interação financeira, para marcar uma consulta, para aceder ao conteúdo educativo. Tudo o que é serviços, públicos ou privados nacionais, deviam ser gratuitos”.

IA e desenvolvimento humano

Um relatório, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) da ONU na semana passada diz que há uma estagnação no Índice de Desenvolvimento Humano em todas as regiões do mundo, ao mesmo tempo que mostra que a Inteligência Artificial "pode reativar o desenvolvimento".

Entre os países lusófonos, apenas Cabo Verde manteve a classificação de Índice de Desenvolvimento Humano numa avaliação que se centra no desempenho dos países em 2023.

Num ranking liderado pela Islândia, Portugal ocupa agora a 40.ª posição face à 42.ª registada no relatório anterior, seguindo-se o Brasil na lista de Estados da CPLP com melhor índice, subindo do 89.º lugar para o 84.º. A Guiné-Equatorial manteve-se na 133.ª posição, São Tomé e Príncipe permaneceu no 141.º lugar e Timor Leste subiu do 155.º para o 142.º lugar.

Ainda na lista de países lusófonos que subiram no ranking da PNUD está Angola, que passou da 150.ª posição para a 148.ª, Guiné-Bissau (da 179.ª para 174.ª) e, por último, Moçambique, que subiu uma posição (183 para 182).

“Cabo Verde vê na Inteligência Artificial uma oportunidade única para acelerar o desenvolvimento económico, eliminando a burocracia excessiva, reduzindo drasticamente a emissão de documentos em papel e agilizando os serviços entre ilhas”, refere Antão Chantre.

“Ao implementarmos a IA, é fundamental assegurar que a tecnologia esteja alinhada com princípios éticos claros, promovendo inclusão, respeito e valorização das pessoas”, continua o consultor de IT. “Precisamos investir decisivamente na literacia digital, apostando fortemente nas escolas básicas, criando desde cedo uma cultura digital que prepare as novas gerações para liderarem esta revolução tecnológica”.

“Este é o momento de acreditarmos na nossa capacidade de sonhar e transformar. A Inteligência Artificial pode unir as 10 ilhas crioulas que o oceano separou – como pedras lançadas no futuro – e fazer delas um farol digital, criativo e inspirador para o mundo”, conclui Antão Chantre

“Apelaria aos dirigentes, a quem tem capacidade de decisão, seja no sector público, seja no sector privado, a abraçar este mundo digital e usar esta oportunidade para darmos o salto”, sublinha Hélio Varela. “Mudar a nossa mentalidade de que precisamos de ajuda. Se mudarmos o modelo de financiamento e de desenvolvimento de Cabo Verde e de África, podemos dar saltos nunca antes imaginados principalmente porque surgiu uma coisa muito bonita chamada inteligência artificial”, diz o activista digital.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1224 de 14 de Maio de 2025.

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Autoria:Jorge Montezinho,17 mai 2025 8:04

Editado porDulcina Mendes  em  17 mai 2025 10:22

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