"Cabo Verde não pode ter medo caminhar sozinho" - Jean Paul Dias

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,8 fev 2018 7:55

Jean Paul Dias
Jean Paul Dias

​O ex-ministro senegalês e antigo presidente do Conselho de Ministros da CEDEAO disse hoje, na Cidade da Praia, que Cabo Verde deve mostrar “mais firmeza” dentro da comunidade e posicionar-se para assumir a presidência da organização em 2021.

Jean Paul Dias, que se encontra em Cabo Verde à convite do ministro-Adjunto para Integração Regional, Júlio Cesar Herbert, e que falava aos jornalistas à saída de um encontro com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, disse que aquilo que aconteceu em Abuja, em Dezembro, “não é normal”.

“Quando Cabo Verde perdeu a presidência da CEDEAO várias pessoas manifestaram-se dizendo que foi uma grande derrota, que foi culpa de Governo entre outros aspectos, mas eu digo que foi um desaforo dos líderes da CEDEAO porque para eles Cabo Verde é um país pequeno”, disse.

Por isso, afirmou que o país tem de apresentar firmeza e mostrar que é um Estado igual a todos os outros.

“Daquilo que já falei com o senhor ministro percebi que é uma opção do Governo manter Cabo Verde na CEDEAO e concordo, mas o país tem de demonstrar que tem a capacidade de caminhar sozinho. Podemos ver aquilo que acontece com a Singapura, com as ilhas Maurícias, com as Seychelles e até no Ruanda. Penso que Cabo Verde não pode ter medo caminhar sozinho”, acrescentou.

Para já, considera que as autoridades cabo-verdianas devem discutir com a CEDEAO e apresentar as suas propostas, tendo em conta as especificidades de um país arquipelágico e as suas dificuldades, no sentido de conseguir uma discriminação positiva.

Jean Paul Dias considera que Cabo Verde tem bons quadros e que, trabalhando bem, o país pode recuperar o lugar da presidência da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), perdido para a Costa de Marfim durante a Cimeira de Dezembro do ano passado.

Apesar de considerar que ser presidente da Comissão é apenas um posto, defende que se passados quatro ou oito anos não for reconhecido esse direito, bem como a discriminação positiva que espera, Cabo Verde deve retirar-se.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,8 fev 2018 7:55

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  7 jan 2019 3:22

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