Esta nova abordagem do Governo foi conhecida hoje, na cidade da Praia, à margem da apresentação do Plano de Desenvolvimento Estratégico e Sustentável (PEDS) ao corpo diplomático.
Às representações diplomáticas presentes, o vice-primeiro ministro dirigiu um pedido no sentido de se promover Cabo Verde no mundo.
“Queremos contar com o vosso apoio nesta nova abordagem, uma parceria diplomática para a promoção do desenvolvimento”, avança Olavo Correia, convicto de que, ao invés de ajudas e endividamento, quer mais investimento, negócios, empresas, emprego e rendimento.
Num contexto de diminuição da ajuda pública ao desenvolvimento e elevado nível de endividamento, a reestruturação da economia nacional, conforme salientou o ministro, é um desafio para Cabo Verde.
“Temos de ultrapassar o modelo de reciclagem da ajuda externa. Queremos que continue a existir, mas não pode ser o foco essencial. Nós não podemos criar a ilusão em como este país vai avançar com mais ajuda pública e com mais endividamento público”, defende.
“O desafio é encontrarmos novas fontes de financiamento para a nossa economia, e sobretudo, tendo em conta o contexto regional”, reforça Olavo Correia.
A mesa redonda, destinada a obtenção de financiamento ao PEDS, de cerca de 400 milhões de contos, vai acontecer em Maio deste ano.
Até lá, o PEDS vais ser apresentado à diáspora cabo-verdiana bem, como aos empresários estrangeiros em países como França, Luxemburgo, Estados Unidos de América ou Espanha.
Em Cabo Verde, mais de 170 mil pessoas vivem na pobreza e mais de 50 mil em pobreza absoluta, com maior incidência no meio rural. “Para vencermos a pobreza temos que abordar os grandes desafios de futuro”, diz.
Segundo Olavo Correia os grandes desafios de Cabo Verde prendem-se com um crescimento sustentável e inclusivo, combate ao desemprego jovem, eficiência governativa, aproveitamento do dividendo demográfico, aposta na inovação mas também reforço da segurança e promoção de um sistema educativo de excelência.