A V sessão ordinária tem na ordem do dia a apresentação do relatório de actividades 2017, proposta de deliberação que cria o dia da Cidade da Praia, e proposta da deliberação que autoriza a Cidade da Praia a subscrever o pacto de autarcas para o clima e energia na África subsariana.
No entender de Manuel Alves, deputado da bancada do MpD, o projecto para a praça do Palmarejo deve ser na linha da praça Alexandre de Albuquerque, no Plateau, e prometeu demitir-se caso a CMP opte pela introdução de infraestruturas feitas por privados.
“A Câmara tem que ter o seu projecto para a praça, depois vai apresentá-lo para colher subsídios para o rever”, defende Alves. No entender deste deputado, uma vez que se trata de interesse público, apenas a Câmara deveria apresentar projecto para o local.
O líder da bancada do PAICV, Vladmir Silves Ferreira, apoiou a posição do deputado do MpD, Manuel Alves. “Concordamos plenamente com a intervenção do colega deputado do MpD. Consideramos que ela deve ser requalificada, de forma a que seja uma praça digna”, diz.
Em relação à praça do Palmarejo, o vereador do urbanismo da CMP, Rafael Fernandes, aproveitou a sessão para socializar com os munícipes, eleitos municipais e órgãos camarários, uma proposta de anteprojecto, segundo ele, recebida ontem.
O autarca apelou à serenidade na busca de informações e ao diálogo sobre matérias importantes para a cidade capital. “Todas as pessoas querem viver em directo, querem fazer a gestão da Câmara em directo, mas não podemos gerir em directo”, disse.
Para a praça do Palmarejo já houve vários projectos e propostas, uns com jardins, áreas verdes, prédios, anfiteatro, lojas e estacionamentos. Os concursos lançados pela CMP não se efectivaram devido a incumprimento dos vencedores, precisamente por incapacidade financeira.
O anteprojecto para a praça do Palmarejo, que vai ser apreciado pela CMP, prevê uma ocupação de 20% da área com infraestruturas, mais de uma centena de lugares de estacionamento, espaços verdes e lojas.
Segundo Rafael Fernandes, a CMP tem um “projecto minimalista” para o local. “Qualquer obra ali, no mínimo, custa mais de 80 mil contos”, diz Rafael Fernandes. “Nós não podemos fazer qualquer coisa ali”, salienta.
Taxi
A licença de táxi, mais uma vez, esteve na ordem do dia, com intervenções de munícipes e esclarecimentos dos deputados da bancada que sustenta a edilidade, mas também do presidente de CMP.
Silves Ferreira não entende como é que, de uma hora para a outra, a CMP decidiu alterar as regra do jogo, quando a procuração da licença de táxi mereceu confiança nas finanças, cartório e mesmo nas instituições bancárias para financiamento.
“Apelo ao presidente da Câmara para reconhecer esta questão e dialogar com os lesados e, numa base de diálogo, corrigir as questões antes de aprovar a deliberação, proposta para amanhã”, afirmou.