"Nós tínhamos duas opções: liquidar a TACV, com um custo total de 60 milhões de euros, e o país ficava sem a possibilidade de construir um hub e de ser a plataforma aérea que queremos ser, ou então reestruturar, privatizar e salvar a TACV e construirmos um hub", disse Fernando Elísio Freire na conferência de imprensa sobre o Conselho de Ministros.
Aquele governante explicou ainda que o governo, ao optar pela constituição do hub no Sal, teve de desenvolver "um conjunto de instrumentos para a materializar. A Resolução vai no sentido da reestruturação de tudo aquilo que é a Cabo Verde Airlines, mas acima de tudo é permitir com que a capitalização da empresa seja efectiva e lhe possa dar robustez financeira".
Questionado sobre se o dinheiro resultante daquelas operações se destina a pagar as dívidas da antiga TACV e que foram canalizadas para NEWCO, Elísio Freire respondeu que "ao longo dos últimos dois anos, o governo teve de assumir várias dívidas encontradas. Dívidas em processos, muitas vezes, muito complicados. Mas assumimo-las com coragem, encarando de frente o problema e conseguimos resolver. Mas o futuro começa agora, é preciso trabalhar, acreditar, desenvolver uma estratégia para que o país consiga ser o hub aéreo que nós queremos".