Segundo Hélio Semedo, de acordo com os estatutos do PAICV, artigo 38º, nº1, alínea h, a JPAI nacional deveria efectuar eleições para a escolha de 10% dos delegados, que estão reservados à jota e que tomam parte do referido congresso, o que não aconteceu.
“Invés disso, fizeram nomeação dos delegados de acordo com algumas conveniências e desrespeitando duma forma abusiva o quem definido nos nossos estatutos. Nem a JPAI nacional, nem as JPAI concelhias fizeram a eleição dos seus delegados”, denunciou durante uma conferência de imprensa.
Conforme informou, não se fez a marcação do conselho nacional, algo que não acontece desde 2017, “nem para discutir o próprio orçamento ou fazer análise dos trabalhos das jotas concelhias, ou ainda para eleger os delegados ao Congresso”.
“À concelhia da Praia foi atribuída uma quota de 4 delegados ao XVI Congresso, mas ninguém sabe quais foram os critérios utilizados para a selecção e definição de quem ou porquê deveria fazer parte”, acusou.
Não se sabe, consoante Hélio Semedo, porquê não se reuniu a Comissão de Jurisdição e Fiscalização da Praia e nem da Concelhia da Praia, se foi ou como foi feito o Conselho Nacional da JPAI, tendo em conta que os membros convocados não tiveram o conhecimento da sua realização.
“No entanto, o presidente da JPAI-Praia alega ter feito uma reunião para a qual ninguém foi convocado e não se conhece por vias normais e transparentes se houve uma acta, e o que se deliberou nela; não se sabe se se definiu algum critério para a indigitação dos 4 delegados, a que, segundo consta, a JPAI Praia tinha direito, e se preteriu a realização da eleição como reza os estatutos”, prosseguiu.
O porta-voz dos membros da JPAI sublinhou ainda que neste momento, “não há comunicação” entre JPAI nacional com qualquer membro, quer da Praia ou diáspora. Por isso, afirma que há uma “forte instabilidade” na Jota nacional.