À rádio pública, Carlos Veiga refere que sempre disse que não falaria na candidatura enquanto não terminasse a sua missão. Agora, prossegue, não rejeita a ideia.
“Não é segredo para ninguém, há muita gente a falar comigo para ser candidato nas presidenciais e eu sempre disse que não falaria disso enquanto não terminasse a minha missão. Agora o que eu posso dizer é que não rejeito de forma nenhuma essa ideia. Se dependesse só da minha vontade, com certeza que eu estaria disponível para fazer esse exercício, mas preciso de ver se há outras condições reunidas, que são necessárias”, declarou à RCV, a partir dos Estados Unidos da América.
Na entrevista, o até agora embaixador de Cabo Verde nos EUA diz que a experiência de se candidatar em outros momentos,“não foi boa” e que, por isso, é preciso verificar se há apoio suficiente para avançar.
“Pelas dificuldades que depois tive para satisfazer os compromissos assumidos, compromissos de ordem material, é preciso saber se existem condições para que esta parte não volte a acontecer é preciso estar no terreno e verificar se há apoio suficiente para avançar, mas se dependesse de mim, eu diria que sim”, considerou.
À RCV o antigo primeiro-ministro assegura que a vontade “é essencial, mas, não chega”. Por isso, pondera que somente se as condições estiverem reunidas, pode considerar avançar com a candidatura em 2021.
“Acho que estou preparado e se calhar esta estadia de três anos aqui ainda me deu mais um complemento de visão, um complemento da forma de ver as coisas. Acho que eu tenho capacidade de ser um bom Presidente da República, com muito orgulho, mas não é suficiente”, acredita.
Carlos Veiga foi o primeiro chefe de Governo eleito democraticamente em Cabo Verde, cargo que exerceu durante 10 anos. Por duas vezes concorreu às presidenciais, mas perdeu as corridas a favor de Pedro Pires.
Depois de três anos como embaixador em Washington, tem o regresso para Cabo Verde marcado para a próxima semana.