De acordo com o órgão superior dq administração eleitoral, o Movimento para a Democracia (MpD) conseguiu 92.147 votos, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) obteve 76.327 votos e a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) conseguiu 10.886 votos. O Partido Popular (PP) conseguiu 408 votos.
No total, os grupos independentes atingiram cerca de 9 mil votos, com destaque para o Movimento Independente Mas Soncent (MIMS) com 2357 votos, o grupo independente Alternativa Ribeira Grande (ARG) com 1719 votos; Santa Catarina Acima de Tudo (SAT) com 1855 votos, Sociedade em Acção para a Liberdade (SAL) com 1032 votos, Liderança, União, Trabalho e Amor (LUTA) com 790 votos e Liga da Sociedade Civil da Praia (LSCP) com 753 votos.
A nível nacional, 58, 4% dos inscritos nos cadernos eleitorais votaram, enquanto a taxa de abstenção se situou em 41,60%.
Municípios com menor abstenção
Santa Catarina do Fogo teve o menor índice de abstenção, 26,1%, o que significa que dos 3981 inscritos, 1041 não votaram.
Na sequência aparecem São Lourenço dos Órgãos onde 26,8% dos eleitores se abstiveram, São Domingos com 27,2% de abstenção, Paul com 28,5% e Ribeira Grande de Santiago com 29,1%.
Abstenção superior a 30%
No município da Praia registou-se a maior taxa de abstenção, 55,6%. Isto é, de acordo com a CNE, dos 86039 inscritos, 32228 votaram, desses 264 foram votos nulos e 679 foram votos em branco.
Sal é o segundo município com maior taxa de abstenção, 44,4%, Dos 10405 eleitores que exerceram o direito ao voto, 170 tiveram o voto anulado e 1650 votaram em branco. Em São Vicente, a taxa de abstenção foi de 43,4%, o que significa que dos 52547 inscritos no caderno eleitoral, apenas 29734 votaram.
Em quarto lugar aparece São Miguel, onde 41,3% dos eleitores não votaram. Na sequência, aparecem Brava (39%), Maio (38,3%), São Filipe (38,1%), Boa Vista (37,9%), Santa Catarina (37,2%), Ribeira Grande de Santo Antão (33,9%), Ribeira Brava (33,7%), Porto Novo (33,5%), Tarrafal de Santiago (33,2%), Mosteiros (32,1%), Tarrafal de São Nicolau (32,8%), Santa Cruz (32,3%) e São Salvador do Mundo (31,7%).
Câmaras divididas
Em São Vicente, o MpD elegeu 9 deputados, MIMS um, UCID 7 e PAICV quatro. Sendo assim, na Assembleia Municipal o MpD tem 9 eleitos, contra 12 da oposição, quando juntados todos os concorrentres,e o que poderá criar problemas de governação naquela autarquia.
Complicadas parecem estar, igualmente, as contas para conseguir governar a Boa Vista.
Nas últimas autárquicas o PP elegeu três deputados, MpD cinco e PAICV cinco. Para o PAICV, vencedor da eleição naquele município, poder governar tranquilamente terá de estabelecer um acordo com um dos partidos que elegeu deputados à assembleia municipal. Caso contrário o MpD e o PP podem estabelecer uma maioria na assembleia municipal e dificultar a governação na ilha das dunas.
Maiorias mínimas
Já na Praia, o MpD elegeu 10 deputados e o PAICV 11. Em Ribeira Grande de Santiago, o MpD elegeu seis deputados enquanto o PAICV elegeu sete.
Por sua vez, em São Lourenço dos Órgãos foram eleitos sete deputados do MpD e seis do PAICV. O mesmo acontece em São Salvador do Mundo, onde o MpD elegeu sete deputados e o PAICV seis.
No Tarrafal de Santiago, o PAICV elegeu nove deputados, o MpD sete e o MIT, um. Já em São Filipe o PAICV elegeu nove, enquanto o MpD elegeu oito.
Em Santa Catarina do Fogo o MpD elegeu sete e o PAICV seis, assim como na Brava. Em Santa Catarina de Santiago o MpD elegeu 11 deputados, PAICV oito e SAT dois.