"Vamos criar condições para que o próximo mandato seja num contexto diferente do vivido desde 2016"- PM

PorSheilla Ribeiro,20 mai 2021 20:30

O Primeiro-ministro garantiu hoje que o governo vai criar condições para que o próximo mandato seja num contexto diferente do vivido desde 2016 e assim acelerar o processo de desenvolvimento sustentável.

Ulisses Correia e Silva falava hoje aos jornalistas depois do acto de tomada de posse do governo da X Legislatura.

O primeiro objectivo do novo governo, conforme garantiu, é o emprego, o segundo eliminação da pobreza extrema e redução da pobreza absoluta através de maior crescimento económico, mas também de políticas de inclusivas.

“Quando falo de eliminar a pobreza extrema, significa não só injectar mais rendimento, nomeadamente rendimento social de inclusão para abranger todas as famílias em situação de pobreza extrema, mas falo também do acesso a educação, continuar o acesso gratuito a educação porque aí estaremos a beneficiar os filhos; acesso a saúde alargando a isenção da taxa moderadora da saúde; acesso a segurança social para podermos cobrir vários agentes que operam, nomeadamente no sector informal que não tem uma protecção social, irmos formalizando essa actividade; acesso a uma habitação condigna que vai ser uma das nossas grandes apostas para podermos dar um salto qualitativo na qualidade de vida das pessoas.”, apontou.

Conforme o Primeiro-ministro há a necessidade de adaptação da agricultura às condições de Cabo Verde, o que significa mobilizar água que não depende apenas da chuva.

Ainda para a diversificação económica, Ulisses Correia e Silva referiu a economia azul e a economia digital como grandes potenciais, além de continuar a investir na indústria.

“Portanto é entre a economia, o social, a inclusão e forte aposta institucional que nós iremos criar as condições para que o próximo mandato seja um mandato de facto em contexto diferente daquilo que nós vivemos desde 2016 e que possa acelerar o processo de desenvolvimento sustentável”, assegurou.

O que é importante para este governo, de acordo com Correia e Silva é atingir a meta de 7% ou mais de crescimento de pode a ter maiores condições de gerar emprego e melhorar o rendimento das famílias.

Dívida externa

Para diminuir a dívida externa, o Chefe do governo disse que apesar de Portugal ter aprovado uma moratória não é suficiente. Neste sentido, prosseguiu, o país está a trabalhar para concretizar o que tinha sido definido na comissão mista, relativamente a todo o pacote de financiamento do programa Casa Para Todos e outros que integram o estoque da dívida externa cabo-verdiana.

Isto, justificou, para ter o contributo positivo de Portugal como um impulsionador relativamente a outras parcerias e outros credores quer bilaterais, quer institucionais para o perdão da dívida.

“Cabo Verde assim como vários outros países e pequenos estados insulares acabaram por incorrer em custos extraordinários não previstos, provocados pela COVID-19. Isso significou o aumento da dívida externa e nós temos que baixar essa dívida, estamos a trabalhar também com o Fundo Monetário Internacional numa agenda que terá o suporte do Fundo para junto de diversos credores conseguirmos convencer da justeza da nossa medida”, afirmou.

Ministério das comunidades

Ainda nas suas declarações, o primeiro-ministro frisou que a nomeação de Jorge Santos a ministro das Comunidades não é uma solução forçada.

“Se nós temos uma diáspora que tem mais população que a população residente, se essa diáspora tem um potencial económico muito forte, um potencial cultural muito forte, então porque não criar o ministério, que seja o elemento de contacto directo de aplicação e definição de políticas relacionadas com essa mesma diáspora”, disse.

Ulisses Correia e Silva advogou que as comunidades emigradas não são estrangeiros e deve haver uma abordagem que seja muito mais do que meros serviços consulares que existentes hoje em todas as comunidades cabo-verdianas no exterior.

“Queremos ir mais além na nossa relação com as comunidades quer do ponto de vista económico, do ponto de vista de atracção de investimentos, do ponto de vista de atracção de conhecimentos e de capacidade, do Know How, reforçar a identidade e a cultura cabo-verdiana no exterior. Há um leque de trabalho a ser feito e colocamos a frente desse ministério alguém com capital político, experiência política, que já desempenhou altos cargos no país, o que só valoriza essa mesma opção”, declarou.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,20 mai 2021 20:30

Editado porAndre Amaral  em  21 mai 2021 15:20

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