Desenvolvimento das ilhas marca segundo dia da campanha eleitoral

PorInforpress, Expresso das Ilhas,2 out 2021 12:22

Desenvolvimento das ilhas, descentralização do poder, construção de um tecido económico mais poderoso, são algumas das ideias defendidas ao longo desta sexta-feira pelos candidatos presidenciais.

O candidato José Maria Neves garantiu sexta-feira, 01, que se for eleito Presidente da República vai trabalhar em parceria com o governo central e local para que a ilha de Santo Antão continue a crescer e se desenvolver.

Durante um comício na cidade de Porto Novo, José Maria Neves, que liderou o governo de 2001 a 2016, apontou as diversas obras realizadas quando era chefe do executivo, que na sua perspectiva catapultou a ilha para o caminho do desenvolvimento.

“Nunca como no nosso governo a ilha de Santo Antão recebeu tantos investimentos, nunca como no nosso governo a ilha de Santo Antão transformou-se como transformou. E hoje é uma ilha cada vez mais moderna, que está a crescer, mas queremos que ela cresça muito mais”, disse.

Ao desembarcar na noite desta sexta-feira, Carlos Veiga prometeu ser um “Presidente do Povo e defensor da descentralização do poder”.

Veiga, que chegou à ilha depois de uma viagem marítima de duas horas, realizou um comício improvisado na cidade do Porto Inglês, numa ilha que comparou a “um diamante que está a ser lapidado”, alegando que a dinâmica imprimida ao longo da sua governação nos anos 90, com a instituição do poder local, está a ser continuada numa ilha “com futuro e uma grande contribuição para Cabo Verde”.

Reafirmou que se sente preparado para assumir as funções do Chefe do Estado, como forma de dar uma “grande ajuda” a todo o país, mas especialmente a ilha do Maio, visando a elevação da sua posição.

Na Praia, segundo a Inforpress, Casimiro de Pina, solidarizou-se nesta sexta-feira com as preocupações das vendedeiras do mercado do Platô que, segundo disse, agravaram-se com a situação da pandemia que reflectiu no crescimento económico e na circulação do dinheiro.

“Há menos venda, menos oportunidades de emprego, aliás as vendeiras acabaram por dizer isso, assim como denunciaram a falta de higiene no mercado, uma situação que pode afastar as pessoas”, declarou à imprensa o candidato Casimiro de Pina.

Perante a situação o candidato, que reconhece que o Presidente não governa, afirmou que caso vença as eleições presidenciais poderá influenciar e orientar a política governativa no sentido de haver a construção de um tecido económico mais vibrante, mais poderoso que acabará por contribuir para a criação de mais empregos.

Por sua vez, Hélio Sanches condenou as candidaturas que têm promovido comícios eleitorais e pediu a intervenção da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e das autoridades sanitárias.

“Tivemos conhecimento que uma das candidaturas que fez apresentação pública na noite de quarta-feira violou as normas sanitárias, uma que havia aglomerações de pessoas e muitas estavam sem máscaras, denunciou.

Para além de ser uma medida incorreta, considerou que é uma “falta de respeito” para com os cabo-verdianos, e pediu a intervenção da CNE e das autoridades sanitárias no sentido de darem instruções claras sobre que tipos de eventos são permitidos, porque o que está em causa, alertou, é a saúde dos cabo-verdianos.

Já Gilson Alves fez hoje duras críticas ao sistema de transporte marítimo inter-ilhas, que considerou estar a “prejudicar” a campanha e impedindo os candidatos de percorrer todas as ilhas do país.

Gilson Alves começou por dizer que no sistema político de Cabo Verde, as campanhas eleitorais deveriam ser servidas por um “transporte eficiente”, o que no seu entender não tem acontecido com a concessionária dos transportes marítimos, a Cabo Verde Interilhas (CV Interilhas).

“Nas duas semanas de campanha, um Presidente autoritário chamaria o presidente ou mil presidentes da CV Interilhas e diria para colocar um barco para viajar de Santo Antão até Brava e que este iria parar em cada ilha para dar oportunidade a cada candidato de passar um dia em cada ilha, excepcionalmente”, afiançou.

Por seu turno, Fernando Delgado chegou hoje a Santo Antão, ilha de onde é natural, para dois dias de contacto com o eleitorado dos três concelhos, a começar pela localidade onde nasceu, Figueiral da Ribeira Grande.

“Sem dúvida é uma emoção fora de série, ainda mais regressar com a ideologia com que tinha saído há cerca de 30 anos, de que um dia iria lutar e fazer algo para Cabo Verde, chegando aqui sinto-me mesmo emocionado”, declarou o candidato no cais do Porto Novo.

Por isso, Fernando Delgado disse que vai pedir confiança ao eleitorado de Santo Antão, até porque “joga em casa”.

Joaquim Jaime Monteiro também vai estar três dias em Santo Antão, para contactos com a população dos três concelhos.

Depois de dois dias em São Vicente, onde esteve em contacto com as populações das zonas piscatória de Baia das Gatas, Salamansa e São Pedro, o “candidato do povo” vai apresentar a sua plataforma ao eleitorado da sua ilha natal.

“Para o povo da minha ilha, levo o abraço de fraternidade e garantir que se eles votarem nesta candidatura, Cabo Verde vai mudar”, disse aos jornalistas depois de passar a manhã de hoje na zona de São Pedro.

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Autoria:Inforpress, Expresso das Ilhas,2 out 2021 12:22

Editado porSheilla Ribeiro  em  3 out 2021 11:13

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