O candidato Carlos Veiga catalogou combater, na primeira linha das preocupações da sociedade cabo-verdiana, as agruras por que passam as mulheres como violência baseada no género, feminicídio e paternidade não responsável.
Carlos Veiga manifestou esta preocupação à imprensa na noite de domingo, no final de um encontro com as mulheres de todos os municípios de Santiago, que encheram o salão nobre da Assembleia Nacional, onde fez a sua explanação sobre os “direitos e desafios das mulheres.
Manifestou-se “surpreso, muito satisfeito com esta mobilização com mais um elemento de peso à volta da sua candidatura”, o que garantiu, o leva a aumentar o seu grau de confiança em relação ao sucesso desta candidatura, por se mostrar convicto que “mulheres de Cabo Verde revejam nesta candidatura” por aquilo que tem visto e sentido no terreno, tanto nas ilhas como na diáspora.
Já Hélio Sanches defendeu que o país precisa de uma nova geração de políticos que não estão comprometidos com o passado, mas preocupados com o presente de todos os cabo-verdianos e o futuro de Cabo Verde.
“O país precisa de uma nova geração de políticos que não estão comprometidos com o passado, mas sim preocupados com o presente e o futuro de Cabo Verde e de todos os cabo-verdianos, sobretudo, nesses novos tempos de imprevisibilidade da COVID-19, que exige esforço colectivo para que juntos toda a Nação possa reerguer-se e trabalhar afincadamente para o bem de todos”, precisou.
Disse que é com este espírito e sentido de muita responsabilidade e enquanto nova geração de políticos que decidiu apresentar-se perante aos cabo-verdianos para, “humildemente”, servir a Nação crioula como chefe de Estado e com o prepósito firme de unir a Nação e o Estado.
Por seu turno, José Maria Neves sublinhou a necessidade do equilíbrio de poder em Cabo Verde, sobretudo nos tempos “mais difíceis” da crise que o país está a viver.
Ao dirigir-se ao eleitorado num minicomício em Achada de Santo António, depois de ter percorrido o bairro acompanhado de uma grande comitiva, o candidato presidencial alertou que depois destas eleições presidenciais os cabo-verdianos vão descobrir a verdadeira situação do país.
“Não é por acaso que os preços estão a subir, mesmo nas vésperas das eleições. É porque a situação está deveras complicada”, disse, avisando que depois das eleições as dificuldades vão se revelar muito maiores do que estão a aparecer neste momento.
Casimiro de Pina, por seu turno, fez uma volta a ilha para constatar “in loco” a situação das pessoas que vivem no mundo rural e apelou ao voto na sua candidatura.
Em contacto directo com a população santiaguense, numa passeata que começou em Ribeirão Chiqueiro e culminou em São Domingos, o candidato disse ter esperança que muitas pessoas vão votar em Casimiro de Pina no dia 17 de Outubro.
“Várias pessoas me disseram isso de viva voz e isso é algo que me dá confiança em continuar enquanto defensor da Constituição da República, dos valores da liberdade, da justiça, da dignidade humana e da solidariedade”, afirmou.
No Barlavento
Ainda no domingo, Gilson Alves afiançou que a sua mensagem de “Presidente autoritário e poder absoluto” está a “ressoar nos corações”, principalmente no dos jovens “desinteressados pela política”.
“Está a ressoar no coração dos jovens, que não se interessam pela política, mas também bastante no coração de pessoas idosas, porque também falo com o coração”, assegurou a mesma fonte, referindo-se ao “amor incondicional” que tinha pela avó.
Gilson Alves explicou que foi criado pela avó num “modo tradicionalista, com disciplina e rigor”, valores que a seu ver “criaram Cabo Verde”.
Entretanto, Fernando Delgado lamentou que Santo Antão tenha “ficado para trás” no seu processo de desenvolvimento, devido à ausência de um aeroporto na ilha, já que havia turistas que vinham directamente de outras ilhas para Santo Antão, e outros ainda que tinham traumas de andar no mar e vinham de avião.
“Como Presidente da República, com o poder de influência, através do diálogo e propostas, tentarei mostrar a importância do aeroporto para Santo Antão, não obstante a ilha estar próxima de São Vicente, com ligação diária via marítima”, precisou, por achar que o aeroporto irá trazer “uma grande vantagem” para a ilha.
Aliás, continuou, o desenvolvimento do turismo está directamente ligado ao aeroporto de Santo Antão, “prometido e que deve surgir” para dar “o empurrão” ao turismo de natureza, entre outros, que a ilha deve abraçar, para “estimular inclusive a oportunidade de novos negócios” e “diminuir o desemprego” na camada jovem.
Joaquim Monteiro acusou os partidos políticos de serem os principais responsáveis pela situação de desequilíbrio social e económico “instituída” em Cabo Verde.
“Neste momento, com objectividade e realidade, o PAICV, o MpD e a UCID são responsáveis pela situação de desequilíbrio socioeconómico que está instituída em Cabo Verde”, precisou, apontando que as desigualdades sociais só vão acabar com um Cabo Verde “planificado, programado e unido” e com um Presidente da República “desaclopado” dos partidos.
Por outro lado, Joaquim Monteiro lamentou ainda a aparição “descarada, indigna é abusiva” do presidente da União Cabo-Veridiana Independente e Democrática (UCID) ao lado do candidato apoiado pelo Movimento para Democracia (MpD – poder).