Apelo ao voto e luta contra a abstenção marcaram campanha desta quarta

PorInforpress, Expresso das Ilhas,7 out 2021 9:50

O apelo ao voto, a luta contra a abstenção, a conquista dos indecisos, adjudicação de mais meios de justiça, realizar o sonho dos cabo-verdianos foram alguns dos pontos da campanha desta quarta-feira.

O candidato Joaquim Monteiro defendeu esta quarta-feira em Mindelo, que é preciso “adjudicar” mais meios à justiça, “para que haja um poder judicial à altura de Cabo Verde”.

Para Joaquim Jaime Monteiro, que falava aos jornalistas, depois de uma visita ao Palácio da Justiça e à conhecida “Praça Parlamento”, no coração da cidade, caso tal não aconteça, não haverá o equacionamento dos problemas judiciais existentes no país.

“Digo mais: um juiz não pode pronunciar uma sentença sozinho, tem que haver um colectivo, de no mínimo três juízes, para decidir sobre o destino de um cidadão”, acrescentou, pedindo a libertação “incondicional e imediata” de Amadeu Oliveira, acusando o actual Presidente da República como o “único responsável” pelo encarceramento do advogado.

Também em Mindelo, Casimiro de Pina fez contactos com os jovens, vendedeiras, religiosos e empresários, apresentando a sua candidatura e pedindo voto de confiança.

“Os candidatos à Presidência da República não devem ter partido e nem estar à boleia destes. O PR deve ser suprapartidário para que possa funcionar como um árbitro e ser, acima de tudo, conhecedor da Constituição da República”, afirmou.

No diálogo com o eleitorado o candidato a Presidente da República convidou a todos a ouvirem o debate de domingo, 10, para poderem assim tirar suas ilações e ter noção clara de quem é quem e em quem votar.

Por seu turno, Gilson Alves assegurou que aposta na juventude, maioritariamente oriundos de bairros vulneráveis, para que “possam mudar alguma coisa com as suas mãos”.

“Coloco-os a pegar numa bandeira e numa tocha nossa para terem uma arma e saberem que estão a mudar alguma coisa com as suas mãos. Quero que marchem comigo durante todo este trajecto, para que quando conversar com eles, eles voltem às suas zonas e espalhem a mensagem”, sustentou Gilson Alves, para quem a juventude “tem de ser activada”, por ser, neste momento, uma “força amorfa e morta” no país.

O candidato referiu ainda que um dos objectivos da sua campanha é lutar contra a abstenção e acordar os jovens, que são uma espécie de força militar, soldados sem general”.

No Sal, Fernando Delgado fez um “balanço positivo” da primeira semana da campanha eleitoral, porque veicula uma mensagem com “ideias viáveis”, pelo que se mostra “optimista” em como será “a surpresa” no dia 17 [dia das eleições].

“Tenho, inclusive, recebido elogios da Austrália, França, Dinamarca e outros países, que não esperava”, declarou, mas também “em todas as ilhas”, prosseguiu, as pessoas estão a “reagir bem” a esta candidatura.

Para Fernando Delgado, o “momento alto” desta primeira semana de campanha ocorreu nas ilhas de Santo Antão e São Vicente, onde disse ter sido recebido “em festa”.

Veiga que chegou ontem à ilha do Sal, tomou estradas para porta-a-porta nas localidades dos Espargos, Palmeiras e Pedra de Lume além de outros bairros limítrofes.

À imprensa disse que tem tido sempre “muito boa relação” com o eleitorado do Sal, “uma das ilhas que mais rapidamente desenvolveu em Cabo Verde”, e disse estar convicto de que nesta ilha vai ter mais uma vitória, desta feita, para as próximas presidenciais.

“Acredito que esta é uma plataforma que interessa à ilha do Sal, portanto o eleitorado do Sal vai, efectivamente, votar na minha candidatura e conceder-me mais uma vitória”, realçou Veiga que se mostra convicto de que a rapidez que se espera da retoma do turismo não está tão dependente dos parceiros externos e de Cabo Verde por causa da covid-19, já que o maior mercado emissor do turismo em Cabo Verde, a Inglaterra, é muito exigente.

Por sua vez, José Maria Neves prometeu que se for eleito Presidente da República vai mobilizar toda a competência da diáspora e colocá-la ao serviço do desenvolvimento de Cabo Verde.

Neves, que foi recebido na noite desta quarta-feira, de forma efusiva num comício realizado no largo da sede da região política do PAICV no fogo, garantiu ainda que será o garante da Constituição e que continuará a trabalhar para realizar os sonhos dos cabo-verdianos.

O candidato afirmou que depois dos 46 anos de “bom trabalho”, o momento agora é acelerar o passo, procurar mais qualidade e excelência. “É claro que já construímos hospitais, centros de saúde, universidades, estradas modernas, mas 46 anos depois é tempo de os nossos hospitais funcionarem melhor, já não dá mais para determinadas doenças, ainda temos pessoas a procurar tratamento em Dakar ou Portugal”, reiterou.

De regresso à capital, Hélio Sanches mostrou-se convicto de que irá vencer às presidências de 17 de Outubro, mas consciente de que muitos eleitores estão ainda indecisos.

“A espectativa é boa, não tenho dúvida que vou ganhar as eleições em Santo Antão, o único problema que tenho tem a ver com os indecisos, sendo que muitas já disseram que não vão votar porque não confiam mais nos políticos”, apontou.

Disse ser um político da “nova geração e da nova normalidade”, muito diferente dos outros dois candidatos Carlos Veiga e José Maria Neves que denunciou, fizeram “muitas promessas e não cumpriram”.

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Autoria:Inforpress, Expresso das Ilhas,7 out 2021 9:50

Editado porAndre Amaral  em  8 out 2021 7:15

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