Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional expressou que vem acompanhando com muita preocupação a evolução da situação criada pelo golpe de Estado perpetrado no Burkina Faso.
“Cabo Verde reitera a sua firme condenação de qualquer ato de tomada de poder pela força e sublinha a necessidade de as autoridades militares respeitarem o cronograma de transição aprovado pela Cimeira da CEDEAO de 3 de julho do corrente ano, o qual prevê o regresso à ordem constitucional até ao dia 1 de julho de 2024”, lê-se.
O executivo apelou ainda às Autoridades no sentido de tudo fazerem para evitar uma eventual escalada de violência e privilegiar a via do diálogo para solucionar os diferendos que existam, a fim de que o Burkina Faso possa recuperar a estabilidade tão necessária aos esforços para garantir segurança às populações.
Na sexta-feira, 30,o líder do Governo militar, Paul Henri Damiba, foi deposto pelo exército, tendo sido o segundo golpe de Estado no Burkina Faso em apenas oito meses.
A Constituição do país foi suspensa, as fronteiras estão encerradas por tempo indeterminado e todas as actividades políticas e da sociedade civil foram interrompidas. Além disso, foi determinado recolher obrigatório no país, das 21h às 5h, declarou Traore, num comunicado lido na televisão nacional por outro soldado.
O descontentamento em relação à resposta de Paul-Henri Damiba à crescente violência jihadista terá sido a principal motivação para o golpe de Estado.