Abraão Vicente, que manteve um encontro com o chefe de Unidade da África Ocidental e Central do BEI, Svetla Stoeva, com a directora de Empréstimos, Laura Richardson, e com a especialista do sector energético do BEI, Oliver Tricca, revelou que há vontade de financiar, mas cabe ao País consolidar os projectos dentro do sector para que possa ser alvo de financiamento.
“Da parte daquilo que pode ser a dívida soberana, nós apresentamos a reestruturação ou revestimento na Cabnave, transformando-a numa empresa não só capaz de acorrer à indústria nacional, mas como uma empresa de referência internacional para a reparação naval, para a construção de tudo aquilo que são as tecnologias voltadas para as energias renováveis, energias das ondas, energia solar e eólica”, revelou o ministro, para quem há “várias oportunidades”, mas há que “concretizar estes projectos”.
Segundo o ministro, durante o encontro, apresentou à missão uma visão sobre as várias oportunidades e passou uma mensagem muito clara de que Cabo Verde quer se posicionar como um ponto estratégico dentro daquilo que é a sub-região.
“Estamos a falar de economia de escala, não estamos a falar apenas duma economia para servir apenas a população de Cabo Verde. Nenhuma empresa que investe milhões quer que o seu mercado seja apenas um mercado tão pequeno como Cabo Verde”, explicou o governante, salientando que “a economia azul pode dar a Cabo Verde a escala necessária ao juntá-la ao Cabo Verde digital e aos projectos ligados à digitalização do País”.
“Temos aqui várias oportunidades, agora é importante que os empresários cabo-verdianos tenham ambição. Não pensem pequeno, não pensem apenas para a estrutura de Cabo Verde”, reforçou.
Segundo o governante, ainda em São Vicente, a missão vai-se encontrar com a Frescomar, com a Atunlo e com a Enapor, que tem um projecto “extraordinariamente grande” de reabilitação dos portos, construção das gares marítimas, mas também de construção de novos portos de pesca e sistemas de frio para acolher a indústria pesqueira nacional.