Olavo Correia confiante em convencer parceiros a investir em Cabo Verde

PorSheilla Ribeiro,27 abr 2023 7:43

O vice-primeiro-ministro mostrou-se confiante de que a segunda edição do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentado (PEDSII) vai convencer os parceiros a investir em Cabo Verde.

“Nós temos de ser ambiciosos e Cabo Verde tem a oportunidade de no final dessas crises todas ser um país mais relevante, enquanto um país mais digital seja para a economia, seja para a governação pública, mais inteligente. Se os parceiros querem um exemplo de sucesso, um exemplo de relevância nesses quesitos todos é Cabo Verde. Então, se os parceiros querem isso têm de investir em Cabo Verde. Mas, antes de investirem nós temos de dar o exemplo em como estamos engajados”, disse Olavo Correia durante uma conferência de imprensa, esta quarta-feira.

Segundo o governante, este engajamento passa por uma governança ancorada nas parcerias, segurança, transição energética, conectividade e mobilidade para um Cabo Verde mais moderno, mais desenvolvido, mais inclusivo, sem assimetrias regionais e sem pobreza extrema.

“O Estado sozinho não consegue construir esse novo futuro. Tem de ser capaz de criar um quadro legal mas, também de criar um ambiente por forma a que estabeleça parcerias com o sector privado, com os parceiros, com a sociedade civil, com as academias para que possamos ter uma governação mais transparente, uma governação mais inclusiva e uma governação mais responsiva e mais portadora de resultados para todos”, disse, durante uma conferência de imprensa sobre a segunda edição da Conferência Internacional de Parceiros para o Desenvolvimento.

Olavo considera que o país só terá futuro se for um país aberto ao mundo e integrado no sistema económico global, um país que é capaz de ser um centro nacional de serviços nas áreas do turismo, na área financeira, na área da saúde, ao nível das indústrias criativas, e tudo que tem a ver com o conhecimento.

Cabo Verde, conforme salientou, precisa ainda de um sector privado forte e empoderado, com boa governança, boa gestão e que é capaz de estar em todo o sector de atividade económica.

“Precisamos de um capital humano altamente qualificado, se nós queremos ser um centro Internacional de prestação de serviços, isso tem consequências. Temos que ter mão de obra qualificada, em quantidade e em qualidade para estarem a intervir em todas essas áreas que são importantes para diversificarmos a economia cabo-verdiana. Mas, também é fundamental garantir o capital institucional. Boa governação requer instituições sociais bem governadas, bem lideradas, servidoras e focadas no interesse público”, salientou.

Para um desenvolvimento sustentável, o ministro afirmou que também é preciso uma transformação no sentido do país ter energia e água mais barato, menos depende de fontes externas e mais dependentes de fontes endógenas.

A segurança física, segurança alimentar, segurança jurídica, cibernética, ao nível dos transportes rodoviários, da segurança no que tange ao desenvolvimento do quadro institucional do ponto de vista legal para dar confiança aos investidores e parceiros, também é fundamental.

Quanto à conectividade, falou na terrestre, marítima, aérea, tecnológica, mas também humana. Nós temos estado a melhorar em todos esses quesitos, temos estado a percorrer uma curva de experiência.

Aliás, reconheceu que é preciso melhorar seja a nível dos transportes aéreos, transportes marítimos, conectividade tecnológica, mas também ao nível das acessibilidades terrestes.

O governo pretende ainda combater as assimetrias regionais. Para tal, conforme Olavo Correia, após a conferência, o executivo vai trabalhar nos planos de desenvolvimento regional.

A segunda edição da Conferência Internacional de Parceiros, organizada pelo Governo, espera mobilizar 2 mil milhões de euros para “projectos transformadores” para o país.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,27 abr 2023 7:43

Editado porAndre Amaral  em  27 abr 2023 14:08

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