Esta informação foi avançada à Inforpress pelo vereador eleito pela União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), Anilton Andrade, que explicou que “a reunião aconteceu porque todos os pontos sugeridos pelos vereadores foram aceites pelo presidente Augusto Neves, integrados e aprovados na agenda”.
“A agenda de trabalhos foi viabilizada e vamos continuar a trabalhar sobre ela, porque ela é muito extensa, pelo que nós reuniremos na quinta-feira às 09:00”, adiantou o vereador afirmando que “Augusto Neves também assinou o memorando de entendimento com os demais autarcas”.
Segundo a mesma fonte, “a sessão e as deliberações que foram tomadas no dia 02 de Janeiro de 2023, foram consideradas nulos, tal como recomendou o parecer jurídico pedido pelos autarcas para esclarecer sobre esta matéria”.
Apesar de vários contactos telefónicos com o presidente da câmara de São Vicente, Augusto Neves, não foi possível trazer a sua versão sobre o provável entendimento na câmara.
Este ano, a Câmara Municipal de São Vicente está sob regime de duodécimos, por causa do conflito entre os autarcas dos três partidos – Movimento para a Democracia (MpD), UCID e Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) – que inviabilizou a realização das sessões camarárias impossibilitando a apreciação do Orçamento Municipal de 2023, no executivo camarário, para depois ser aprovado na Assembleia Municipal de São Vicente.
O executivo camarário de São Vicente é composto por Augusto Neves, do MpD, que foi reeleito presidente da Câmara Municipal de São Vicente no dia 25 de Outubro de 2020, com 11.126 dos votos expressos.
No entanto, o presidente não conseguiu manter a maioria absoluta que trazia do mandato anterior, porque o resultado dessas eleições ditou uma câmara pluralista, sendo que o MpD elegeu quatro vereadores, a UCID três e o PAICV dois, totalizando os nove autarcas possíveis de serem eleitos no município, tal como indica o Estatuto dos Municípios.