O governante, que falava na Cimeira dos Chefes de Estado sobre o Capital Humano em África, que decorre nos dias 25 e 26, na Tanzânia, salientou que o capital humano é a base para o desenvolvimento económico e social.
Durante o seu discurso, lembrou que, hoje em dia, Cabo Verde é conhecido como um País viável, transformador e uma referência a nível internacional, graças ao investimento e à aposta feita no capital humano.
“Hoje, continuamos a aumentar o investimento no desenvolvimento do capital humano para valorizar o potencial dos jovens e aumentar o capital social, promover uma melhor compreensão da vida económica, política e social, a conservação da biodiversidade e a qualidade ambiental, favorecer a inovação tecnológica, a criatividade e a competitividade das empresas e da economia de Cabo Verde”, sublinhou Olavo Correia.
Neste sentido, realçou que o Governo está a promover a inclusão, a mobilidade social ascendente, as economias das ilhas e assim, o desenvolvimento regional, de modo a reduzir as desigualdades e a pobreza e, até 2026, erradicar a pobreza extrema, reduzir as assimetrias regionais para a convergência, consolidar a democracia e construir a prosperidade partilhada.
Explicou que, em Cabo Verde, foi criado um fundo para a promoção da protecção social, com a designação de uma percentagem das receitas que vai directamente para um fundo social e o Governo está a garantir recursos endógenos para erradicar a pobreza extrema até 2026.
Segundo o governante, o que falta aos países africanos são aspectos como a boa governação, boas lideranças comprometidas, não apenas ao nível do Governo, mas a todos os níveis, para que possam promover a transformação e fazer da África um continente de oportunidades, positivo, de esperança e que orgulhe a todos enquanto africanos.
“Boa governação é feita com pessoas capacitadas e munidas de informações e é este o nosso dever e é assim que vamos transformar a África”, sustentou o ministro que considerou que se falharem com o desenvolvimento do capital humano as metas dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável ficam também comprometidas e a felicidade dos jovens e mulheres de hoje e das próximas gerações ficam hipotecadas.
Durante a sua intervenção, Olavo Correia agradeceu ao Banco Mundial que tem estado ao lado do Governo de Cabo Verde na implementação de políticas focadas no desenvolvimento e capacitação do capital humano e apelou a esse mesmo engajamento juntamente com as outras instituições em África para alavancar o papel do capital humano no desenvolvimento de todo o continente.
Se por um lado queremos o suporte das instituições internacionais para implementar as políticas para desenvolver o capital humano, por outro lado, temos de estar cientes de que temos de ser os primeiros a dar o passo inicial. Ninguém vai fazer isso por nós e temos de ser nós mesmos a dar o exemplo”, disse.