A posição foi assumida pelo presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, quando presidia, quarta-feira, 25, a cerimónia de abertura do 41º encontro do Comité Nacional de Pilotagem do Programa das Pequenas Subvenções do Fundo Mundial para o Ambiente (GEF SGP).
O autarca disse ainda que a ilha tem “potencialidades vastíssimas e vantagens comparativas mais notáveis” nos sectores da agricultura, pecuária e turismo, ligado à natureza e à biodiversidade.
“É intenção das câmaras trabalhar numa estratégia regional de posicionar a ilha do Fogo como uma ilha competitiva e uma ilha importante no contexto da procura turística do país e relativamente ao abastecimento do país”, precisou Nuías Silva.
Para que isso aconteça, prosseguiu, são necessárias “parcerias e investimentos consistentes” para organizar todo o sector produtivo em cooperativas ou empresas, através da empresarialização, salientando que com a capacidade existente e fertilidade da ilha pode-se almejar que ela seja o celeiro do abastecimento do mercado nacional e atingir, sobretudo, as ilhas da Boa Vista e do Sal com produtos de qualidade.
“Não queremos que os produtos sejam transportados para estas ilhas de forma avulsa, mas agregados de valores para gerar emprego e para dinamizar a economia, chegando como produtos consolidados e com selo de origem controlada e da denominação da ilha”, concretizou o presidente da edilidade de São Filipe.
Para dar este passo, as câmaras esperam poder contar não só com aquilo que é a governação local e do Governo, “mas há que contar com a sociedade civil”, sublinhou, já que neste item o programa das Pequenas Subvenções do Fundo Mundial para o Ambiente é “extremamente importante”.
A câmara, disse, compromete-se a trabalhar junto das organizações não-governamentais, das associações e das organizações da sociedade civil para o empoderamento das mesmas, para melhor organização e estarem mais bem preparadas, para com o apoio às câmaras da ilha do Fogo e outras instituições.
O objectivo é ajudar as organizações que estão alinhadas com a estratégia da ilha, para que sejam capazes de obter um aval e financiamento das Nações Unidas, através do Programa das Pequenas Subvenções.
Para os próximos tempos, o trabalho a ser desenvolvido, explicou Nuías Silva, passa pela inventariação de todas as organizações da sociedade civil que atuam na ilha para a reorganização daquelas que não estão em pleno funcionamento, assim como para a criação de uma espécie de uma rede regional que aborda todas as organizações de sociedade civil, desde organizações de base, passando pelas cooperativas até chegar as organizações não-governamentais.