O chefe do Governo assegura que o projecto vai ser concretizado para consolidar um dos pilares estratégicos no domínio da economia azul.
“Falta-nos só o Campus do Mar. Este é um compromisso que nós vamos ter que concretizar, para que todas estas instituições estejam no mesmo espaço e para que aqui na UTA tenhamos, de facto, um espaço universitário à altura daquilo que é a sua vocação. Estamos a falar de um sector essencial para o desenvolvimento de Cabo Verde. A economia azul está aí para ser um dos sectores que poderão contribuir muito mais a nível do crescimento e desenvolvimento do país”, afirma.
Com localização prevista na Ribeira de Julião, o novo campus vai agregar a Universidade Técnica do Atlântico, a Escola do Mar e o Instituto do Mar, que formam uma plataforma integrada de ensino superior, formação técnico-profissional e investigação científica. Ulisses Correia e Silva aproveitou a ocasião para anunciar algumas medidas de apoio aos estudantes no acesso ao ensino superior no país, como a atribuição de 500 novas bolsas de estudo e o reforço da oferta de residências universitárias.
“O ensino superior tem que ser com exigência, sim senhor, mas tem que se democratizar a parte financeira da sua entrada. Portanto, não pode haver barreiras intransponíveis relativamente às condições financeiras para a sua entrada. E é por causa disso que as bolsas de estudos existem. E são 500 bolsas para 2025/2026. Aumento da oferta de residência universitária. Desde logo aqui em São Vicente já temos a disponibilização das casas da Ribeira de Julião. Na Praia temos, na zona K, disponibilidade de habitações para o efeito. Esta é a primeira fase. A segunda vai ser de construção mesmo residências universitárias, porque é fundamental”, aponta.
A cerimónia contou também com a intervenção do reitor da UTA, João do Monte. O responsável reconhece que a instalação de unidades orgânicas noutras ilhas é exigente, mas defende que esse esforço compensa, por permitir alargar o acesso ao ensino superior a um número cada vez maior de estudantes.
“Todas essas áreas de foco das nossas unidades orgânicas são fundamentais para o crescimento económico do país, para a criação de empregos bem remunerados e para o fomento do empreendedorismo. Essa dispersão na localização das nossas unidades orgânicas, tendo o ISECMAR e o M_EIA em São Vicente, o ICTA em Santo Antão e o ISAT no Sal é desafiante, mas permite-nos tirar proveito das vocações e potencialidades de cada uma dessas ilhas e servir o todo nacional, regional e internacional e ainda diversificar a oferta formativa e alargar o acesso ao ensino superior a um número maior de cidadãos”, entende.
João do Monte Duarte afirmou que os dados apontam para uma população estudantil de cerca de 800 alunos, provenientes de 17 nacionalidades diferentes.