Tais argumentos não correspondem aos factos objetivos nem às leis da economia e são completamente insustentáveis, e a essência deste argumento é que alguns países, por causa do seu próprio egoísmo político, estão a suprimir as indústrias avançadas de outros países sob a bandeira do "excesso da capacidade produtiva" e a envolver-se no proteccionismo comercial sob o pretexto da "concorrência leal", violando as regras do comércio internacional e a tendência de globalização económica numa tentativa de manter a sua hegemonia económica global.
Deveríamos analisar a questão da capacidade produtiva de forma objetiva e lógica, sob a perspectiva de mercado e a de visão global.
Do ponto de vista das leis da economia de mercado, a capacidade produtiva é determinada pela relação entre a oferta e a demanda, cujo equilíbrio é relativo, ao passo que o seu desequilíbrio é universal. No contexto da globalização, tanto a produção como o consumo são globais. O surgimento e o desenvolvimento do comércio internacional são o resultado de os países aproveitarem as suas vantagens comparativas e realizarem uma cooperação mutuamente benéfica. Os indicadores relevantes não podem ser simplesmente utilizados como um critério para medir se existe excesso de capacidade, mas devem ser avaliados com base na procura do mercado global e no potencial de desenvolvimento futuro. As vantagens do sector de energia renovável da China reflectem-se em vários domínios como a tecnologia, o mercado e a cadeia industrial, etc. No momento, os produtos relevantes são fornecidos principalmente ao mercado interno, sem a intenção de exportar a chamada “capacidade produtiva excedente” para o exterior. Por exemplo, em 2023, apenas 12% dos veículos de nova energia produzidos na China foram exportados, entre os quais somente 0,82% para os EUA. Ao passo que, cerca de 80% dos chips produzidos nos Estados Unidos são exportados, e cerca de 80% e 50% dos carros produzidos na Alemanha e no Japão respectivamente são exportados. E acusar a China de "excesso da capacidade produtiva" é um autêntico "duplo padrão de julgamento".
Do ponto de vista das tendências de desenvolvimento da indústria, atualmente, o desenvolvimento de novas energias verdes e de baixo carbono é um consenso entre os países. Conforme as estimativas da Agência Internacional de Energia, até 2030, a demanda global por veículos de novas energias chegará a 45 milhões de unidades, 4,5 vezes maior que em 2022, enquanto a procura global por uma nova capacidade fotovoltaica chegará a 820GW, cerca de quatro vezes maior da de 2022. O desenvolvimento daInteligência Artificial em vários países requer também o apoio básico de produção de eletricidade a partir da energia renovável e de armazenamento de energia. Tudo isso indica que não existe o excedente de capacidade produtiva da energia verde, mas sim uma grave escassez. Nos últimos anos, o sector da energia renovável da China tem vindo a desenvolver-se rapidamente e a cooperação internacional neste âmbito tem sido acelerada. Em 2023, foram instalados mundialmente 510GW de nova capacidade de energia renovável e a China contribuiu com mais da metade desse montante. Os produtos de energia eólica e fotovoltaica da China são exportados para mais de 200 países e regiões e realizados projetos de cooperação da energia verde com mais de 100 países e regiões, auxiliando um vasto número de países em desenvolvimento a obter energia limpa, segura e acessível. No domínio da energia renovável, a China continua a dar contributos notáveis para o combate global às mudanças climáticas e para a concretização do desenvolvimento sustentável, sendo uma fonte de dinâmica para o desenvolvimento da indústria e não uma fonte de riscos ao mercado internacional.
Do ponto de vista económico e político internacional, alguns países enaltecem o chamado “excesso de capacidade produtiva da China” com o objetivo de conter o desenvolvimento científico e tecnológico e a modernização industrial dos países em desenvolvimento representados pela China, desta feita manter a hegemonia económica mundial dos países relevantes por meios injustos e perturbar a ordem do comércio internacional. A politicagem das questões económicas e comerciais, incluindo a questão da capacidade produtiva, são contrárias às leis da economia e à tendência geral da globalização, o que agrava o risco de fragmentação da economia mundial e não favorece o desenvolvimento estável da prosperidade mundial, sendo certamente impopulares. Perante estes factos, o ridículo discurso de “excesso de capacidade produtiva da China” acabará por ser dissipado.
As alterações climáticas são um desafio global e o desenvolvimento da energia renovável e a concretização da transição energética com baixo carbono são aspirações comuns entre todos os países. A China alcançou um rápido desenvolvimento da sua indústria energética, apoiando-se na inovação tecnológica, num sistema de cadeia de abastecimento sólido e numa concorrência leal de mercado, e realizou uma extensa cooperação internacional com uma atitude aberta, trazendo oportunidades para o desenvolvimento sustentável e vantajoso para todos os países. Cabo Verde éum país rico em recursos energéticos solares e eólicos com um enorme potencial de desenvolvimento, e existe uma ampla perspectiva de cooperação pragmática entre a China e Cabo Verde no domínio das novas energias. A China está disposta a aprofundar a cooperação na cadeia de produção e fornecimento de novas energias com todos os países do mundo, incluindo Cabo Verde, como forma de promover a inovação tecnológica, o desenvolvimento industrial, a globalização económica inclusiva e benéfica para todos, e conjuntamente abordar as alterações climáticas globais, construir um novo mundo limpo e bonito e uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade, para que o nosso amanhã seja infinitamente melhor.