A notícia da nomeação nos CVMA foi uma surpresa grande para Josimar. “Estava em São Vicente, no meio de um ensaio, quando a minha mulher chamou-me a parabenizar por ser um dos nomeados dos CVMA. Foi um espanto para mim”, conta o artista, que tem animado as noites na capital do país.
Composta por Fany di Ano Nobo (Epifânio Tavares), a morna “Mar” catapultou Josimar Gonçalves para o rol dos melhores do ano. “Somente por estar nomeado já me sinto um vencedor”, regozija-se.
Se a nomeação nos CVMA pode representar a coroação de um percurso, o convite para o AME traduz-se na abertura de uma janela de oportunidades. “Pela oportunidade de se estar no palco e ter vários patrocinadores e investidores que vêm de fora para virem observar e tentarem ajudar, já é uma grande oportunidade”, considera Josimar, que não tem dúvidas que se trata de um evento singular feito em Cabo Verde.
“Tudo pode acontecer”, diz Josimar sobre a sua participação no AME, convicto de que recai sobre ele alguma exigência enquanto artista. “Às vezes, não depende somente daquelas pessoas ali sentadas”, observa.
A montra não poderia ser melhor, para, não só apresentar o trabalho, como também para convencer os patrocinadores que estarão presentes. “Só por estar ali, já compensa”, remata.
Até o final do mês de Abril, o artista que veio de São Vicente há três anos espera apresentar mais um single, também da autoria do compositor da morna “Mar”.
Para o disco, que sonha lançar ainda este ano, o músico está à espera de patrocínios e vê sua participação no AME como uma oportunidade. “É uma grande porta que se poderá abrir”, acredita Josimar.
O álbum vai trazer apenas músicas tradicionais, desde morna, coladeira, funaná, mas com uma marca pessoal do artista.