Para esta que será a sua 4ª edição a MOTIM mantém a tradição e tem como convidados grupos de Portugal e do Brasil. Do país do Âtlântico sul virá, uma vez mais, o Grupo Caixa Preta de Teatro (que co-produziu a peça “Romeu ma Julieta”) - a celebrar este ano 24 anos de actividade. Na bagagem, a peça “Onde O Vento Faz A Curva”, estreada em 2016, que tem dramaturgia e direcção cénica de Fabiano Muniz, e os actores em palco serão Izabelle Ferreira e Herick Villeiro.
"'Onde O Vento Faz A Curva' é um projecto voltado para crianças a partir de 07 anos de idade e para toda a família. Dentro do universo da cultura popular, utilizando-se do género poético infantil e da linguagem do circo popular e do teatro mambembe, o espectáculo narra a história de uma menina que vivia na solidão e esperava em seu pequeno mundo alguém que pudesse lhe tirar para dançar e vivesse um grande amor! Para o tempo poder passar, ela contava tudo que existia em sua volta e vivia dançando com o vento!”, lê-se numa apresentação da peça, assinada pelo Grupo.
Já Portugal marca presença com o espectáculo “Eu é que conto”, do grupo Fértil Cultural.
"Uma senhora que colecciona livros sabe-se lá onde, vem para contar uma história. Mas como é muito distraída chega atrasada, acaba por tropeçar em tudo e sem querer entra numa outra dimensão, a da imaginação. Confusa e com outros personagens a invadi-la constrói uma história diferente, divertida e cheia de criatividade. Baseando-se nos contos dos irmãos Grimm e histórias tradicionais portuguesas esta senhora dá-nos um momento de teatro surpreendente", diz a sinopse da peça, criada e interpretada por Neusa Fangueiro.
Há ainda dois espectáculos de contação de histórias com Pedro Lamarch. Serão “contos para crianças, e à noite vamos ter contos para adultos, uma forma engraçada de envolver toda a família no MOTIM”, diz Janaína Alves Branco, gestora da ALAIM (entidade organizadora da mostra).
A também actriz e preparadora de elenco avança ainda ao Expresso das Ilhas que irão participar os grupos nacionais Trupe Para Moss (TPM, com reposição da peça "Luz já Bai"), o grupo de teatro dos Selesianos (peça “Virguleto, o Trapalhão) e Cia. 50 Pessoa (na sua primeira peça com fantoches, ainda sem titulo).
Outra reposição será a de “O Pequeno Príncipe” pelo grupo da oficina infantil de teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, Sukrinha. E ainda, o grupo de danças de rua Street Brakers com uma apresentação para crianças e o projecto Tapete Voador a contar histórias.
“Infelizmente, não temos nenhum contacto com grupos da Praia para esse público. Mas ainda não temos a programação fechada, pode haver ainda alguma surpresa”, faz saber Janaína Alves Branco que ressalva, entretanto, a continuidade da extensão da mostra a Santiago.
Novidade será a possível extensão também à ilha de Santo Antão. “Vamos tentar ir”, revela.
Na edição do ano passado a programação da MOTIM fez-se de mais de quinze actividades, entre peças de teatro, performances, contação de estórias e oficinas, tudo com o público infanto-juvenil como principal alvo. Contou ainda com extensão à cidade da Praia onde foram apresentados dois espectáculos de criadores internacionais (Portugal e Brasil).