Em entrevista à margem da conferência, o ministro avançou ainda que os professores e os mediadores de leitura serão os primeiros a conhecerem o documento no âmbito da sua socialização.
“A par disso, temos uma política de mobilização e enriquecimento das bibliotecas municipais, porque não vale a pena ter planos municipais sem acesso ao livro e sem que as bibliotecas municipais e escolares tenham livros".
Entretanto, enquanto se concebe o PNL alguns aspectos que este irá contemplar já começaram a ser trabalhados. É o caso do apetrechamento das bibliotecas municipais que, no ano passado, na sequência do festival literário Morabeza receberam kits com cerca de 300 títulos.
Abraão Vicente referiu ainda a necessidade de "reconhecer que é necessário voltarmos para dentro e valorizar os nossos" e assim incluir obras nacionais na selecção de livros que irão estar integrados no PNL e, embora ressalve que este não se resuma a uma lista de livros para ler, adiantou que conseguir introduzir no sistema educativo uma lista obrigatória de livros, por ciclo escolar é “o objectivo principal nos próximos meses".
Também presente no evento, Sofia Figueiredo, directora nacional de Educação, disse que o Ministério da Educação já tem um curso, inserido no projecto do PNL, um projecto piloto de dinamização de 9 bibliotecas escolares na ilha de Santiago com o fim de preparar a criação de uma Rede de Bibliotecas Escolares.
"Foi feito um levantamento exaustivo das condições existentes e das que têm algumas condições faremos um trabalho de melhoria, de reforço de títulos mas essencialmente da identificação de dinamizadores que serão formados para trazer essa vontade de leitura, criar acções que possam despertar o gosto pela leitura nas crianças dentro das escolas".
Aquela dirigente realçou ainda que o PNL é um processo - com um calendário de curto, médio e longo prazo - que envolve alunos, professores, família, comunidade e autoridades e em que todos serão chamados a dar o seu contributo.