Conforme dito, lançou há algum tempo uma compilação a que chamou “Music from the coffee lands”. Partia-se assim do café, seu sabor, seu cheiro e todo o seu imaginário, para o mundo da música.
A referida “label” procurou selecionar, países onde cresce o café, e onde este produto está fortemente enraizado nas suas culturas.
Talvez, também tendo em conta a força e energia musical, quase todos os países selecionados, situavam-se nos continentes americanos (incidência para a América do Sul) e África.
Países como o Perú, o Brasil, ou a Jamaica, Cuba, e ainda Quénia trazem-nos os ritmos deste trabalho. Nomes como a magnífica Susana Baca, o baiano Raimundo Sodré, o balanço de Ernest Ranglin ou Ricardo Lemvo, entre outros, são os performers deste projecto.
E assim foi feito. Os países onde a presença do café é marcante, emprestaram os seus ritmos ao sabor do café, e este fez o resto.
Apenas um amargo de boca… a ausência da nossa ilha do Fogo. Talvez numa próxima edição…
De relembrar que a “label” Putumayo, já trabalhou o universo da música de Cabo Verde na compilação Putumayo - presents Cape Verde.
Para ouvir… a saborear um bom café, neste caso… o de Cabo Verde.
Texto originalmente publicado na edição impressa do expresso das ilhas nº 911 de 15 de Maio de 2019.