Dance hall, afro e funk são as vertentes onde Ricky Man se sente mais à vontade. Temas mais festivos e dançantes marcam esta transição do artista que, aconselhado pela produtora, decidiu acompanhar a mudança no estilo com a mudança no nome artístico.
“A editora quis optar por uma alteração de nome, eu ao início fiquei um pouco reticente, mas, acabei por me render vendo as pesquisas que foram feitas pela produtora e que indicaram a necessidade de romper com o estilo de antes mais voltado para o kizomba”.
Em Macau até 21 de outubro, onde representa Cabo Verde na Semana da Lusofonia, ao lado dos colegas da Broda Music, Djodje, Kady e Mário Marta, Ricky Man elogia os colegas e a editora pelo apoio incondicional que tem tido durante esta fase de transição na carreira.
“Tenho o privilégio de trabalhar com uma equipa que acredita em mim, com uma editora que me dá liberdade para criar e escolher o rumo que pretendo seguir e que, além disso, também custeia os meus projetos artísticos”.
Apesar de confessar que não tem sido de todo fácil explicar ao público esta mudança de nome artístico, garante que a opção pelo dance hall “tem sido uma experiência incrível. Nunca senti tanto prazer em fazer música”.
Ricky Man espera um dia poder trabalhar com artistas internacionais do mesmo estilo e que admira, como é o caso do português, Ritchie Campbell, do jamaicano, Sean Paul e do nigeriano Burna Boy.
Apesar de ser considerado um cantor da nova geração, a verdade é que já se passaram vinte anos desde que Ricky Man deu os primeiros passos na música, ao lado do ainda parceiro, Djodje, no grupo de adolescentes Djodje and TC. Há dez anos fundaram a produtora Broda Music e, desde então tem tido a oportunidade de pisar vários palcos pelo mundo. No entanto, Cabo Verde continua a ser, garante, o país onde sente mais prazer em atuar.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 933 de 16 de Outubro de 2019.