Esta exposição colectiva, que conta com 14 obras, pretende reunir artistas que vivem somente da arte e mostrar os seus trabalhos com o auxílio das novas ferramentas, que estão a ser mais utilizadas neste período de isolamento social.
O promotor da iniciativa, João Brito, disse à Inforpress que criou um grupo nas redes sociais para juntar estes artistas plásticos, que estão espalhados por Cabo Verde, entre estes, ele próprio, Kiki Lima, Fernando Morais, Severo Delgado, Nilton Lima, Bitú Alves e Tutu Sousa, que personificam a mostra com dois quadros cada.
“Quisemos fazer com que as pessoas se sentissem dentro de uma sala e a visitar a exposição, que percorre as 14 obras em cerca de quatro minutos”, explicou a mesma fonte, adiantando ter tido a ideia a partir das várias ‘lives’ que tem visto na Internet.
“A arte traz paz, tranquilidade e, neste momento, crítico que vivemos, isso pode ser muito bom para as pessoas obrigadas a estar dentro de casa”, sublinhou o promotor da iniciativa, adiantando ser uma exposição-venda, já que as 14 obras estão à disposição dos interessados.
João Brito pretende continuar com o projecto, embora admita a falta de um especialista de marketing em Internet para promover ainda mais as exposições.
O artista plástico criticou, por outro lado, o facto de não haver uma diferenciação das autoridades, para “valorizar ainda mais” o trabalho da classe.
“Nós embelezamos as casas das pessoas e o Carnaval de Cabo Verde, mas não somos muito respeitados”, criticou João Brito, para quem não há uma política, inclusive na previdência social, que permita “maior dinâmica” dos artistas plásticos.
Segundo a mesma fonte, estes “não são insubstituíveis”, mas, “com certeza”, poderiam fazer baixar o nível do Carnaval, por exemplo em São Vicente, se decidem “simplesmente desistir de tudo”.
“Precisamos de um pouco mais de respeito do Governo e das demais entidades”, defendeu.