O director do Festival, Victor Silva disse à TCV que estava prevista para este ano uma programação interessante, mas devido à pandemia, os grupos estão confinados, tanto no país como no estrangeiro, o que ditou o cancelamento do evento.
“Infelizmente, esta pandemia que atingiu todo o mundo, acabou por nos penalizar também. Mesmo que quiséssemos fazer algo a nível interno, era impossível porque no Sal existe apenas um grupo e os grupos das outras ilhas não conseguiriam viajar. Outro aspecto, os maiores patrocinadores do Sal EnCena são os hotéis, que estão neste momento fechados”, afirma.
Segundo Victor Silva, este ano iria a palco um dos maiores festivais jamais realizados, pois tinham garantido "bons patrocínios", além da programada estreia de duas peças de autores nacionais: "Fernandinho e o Verbo" da autoria de Lino Sabino Évora e "Campo da Fortuna" de Evel Rocha", em co-produção com a "Musgo Produção Cultural" de Sintra, Portugal.
“Tínhamos um projecto interessante para este ano que era colocar em palco pela primeira vez dois grandes escritores da ilha do Sal, Sabino Évora e Evel Rocha. Mas, teve de ficar pelo caminho”, conta.
Não obstante, Victor Silva garante que SalEncena continuará de pé, para entrar em cena no próximo ano. “No próximo ano iremos para Portugal, faremos a apresentação em Sintra, até porque já tínhamos quatro espectáculos comprados pelos patrocinadores. Cabe-nos a nós irmos apresentar a peça lá, e depois aqui em Cabo Verde”.
O director e organizador do evento garantiu que o festival Sal EnCena se está a preparar para melhores dias. "O grupo teatral Djadsal vem apostando na formação dos actores e por isso espera a presença de todos, no próximo ano, para grandes momentos de teatro em 2021".