António Moniz, que enalteceu este gesto dos homens de cultura cabo-verdiana para demonstrar a importância que se atribui ao escritor português, no arquipélago, mencionou ainda que o dia 10 de Junho é também simbólico para Cabo Verde, pois nesse dia, no ano de 1887, nasceu o poeta cabo-verdiano António Januário Leite, para cem anos depois, em 1967, nascer o escritor José Luís Tavares.
O diplomata português fez essa leitura quando convidado a falar do papel do Instituto de Camões na promoção da língua portuguesa e na divulgação das obras de Camões.
“Luís de Camões foi e continua a ser uma das referências da nossa língua, e o Instituto Camões, nos últimos anos, sofreu algumas reestruturações com vista a reforçar a promoção da Língua Portuguesa no mundo e a reforçar a relevante área da cooperação”, acrescentou.
Lembrou ainda que o Instituto Camões gere, de momento, cerca de 130 milhões de Euros em projectos de cooperação delegada da União Europeia, que também têm o contributo financeiro daquele instituto.
Neste âmbito, considerou que o 10 de Junho deve ser celebrado em Portugal como Dia Nacional, mas também com “alguma intensidade” nos restantes países de língua oficial portuguesa, pela “forte afinidade” que existe a nível das suas sociedades, da língua portuguesa enquanto “língua pluricêntrica e da amizade”, que une esses países e povos.
Luís Vaz de Camões foi um poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental.
Conhecido pela sua obra “Os Lusíadas”, um poema épico que narra factos heróicos e os grandes feitos do povo português em suas navegações e guerras, o poeta nasceu em Lisboa, em 1524, e faleceu em 1580.