O governante fez o anúncio à imprensa, na cidade da Praia, depois de ser ouvido numa comissão especializada da Cultura no parlamento cabo-verdiano, explicando que a decisão tem a ver com o facto de o orçamento do Ministério para 2021 ter registado um corte de 120 milhões de escudos.
Abraão Vicente disse que a esperança em conseguir mais verbas era com o aumento do limite da dívida pública, fixado em 3% do PIB, cuja proposta apresentada pelo Governo no parlamento de 4,5% foi chumbada na última sessão plenária.
“Sem o turismo, sem a economia nacional a funcionar a um ritmo suficiente”, 2021 será um ano de “imensa limitação” porque não há possibilidade de uma injeção extra de capital no Orçamento do Estado, declarou. à agência cabo-verdiana de notícias, Inforpress.
Neste sentido, alguns projetos vão ter de parar, como é o caso do processo de candidatura do ex-Campo de Concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Em outubro, o titular da pasta da Cultura de Cabo Verde disse que a entrega dessa candidatura, que estava prevista para o próximo ano, foi adiada para 2022, devido à pandemia do novo coronavírus.
“Neste momento é impossível, porque as obras atrasaram-se, os especialistas internacionais que fariam a equipa conjunta também não puderam vir, nós não assinámos em maio o acordo de cooperação com Portugal para assistência técnica, portanto, é algo que vai ter de ficar para 2021 começarmos o processo”, afirmou à data.