Com a chancela de Rosa de Porcelana, a apresentação da obra será conduzida pela cantora Tété Alhinho. O lançamento será às 18h00 no Auditório do edifício da Garantia/Promotora/BCA, Chã d`Areia.
Segundo a autora, distinguida este ano com o prémio literário Guerra Junqueiro “A Vénus Crioula” retrata uma bela jovem, negra e nua, de rebeldes cabelos soltos, nascendo numa concha-útero, uma figura não silenciosa, como a do quadro, mas dotada de uma voz encantadora, como a das sereias.
“Encontramos características sem dúvida frequentes nas gentes de Cabo Verde e não só, que, através de naufrágios, perdas, desespero, infortúnios e mortes, não perdem o dom da humanidade nem o dom do amor e da esperança”, destaca a autora.
Nesta obra, a escritora conta o destino de uma cantora de pés descalços que viaja pelo mundo fora. Ela tem a voz de Cesária Évora, de Sãozinha Fonseca e de tantas outras que inspiraram a autora que diz também ter carregado consigo, durante anos, a vontade de evocar a história trágico-marítima de Cabo Verde.
Segundo a mesma fonte, o ano de 2021 está igualmente a ser muito activo em termos de edição. Há pouco mais de um mês, publicou um livro de microcontos intitulado “desassossegos e acalantos” e, no começo do ano, lançou “Contos Crepusculares – Metamorfoses”, ambos frutos dos meses de confinamento resultantes da crise provocada pela pandemia da COVID-19.
Vera Duarte estreou-se como autora em 1993, com o livro de poesia “Amanhã Amadrugada”, seguindo-se “O arquipélago da paixão (2001)”, “Preces e súplicas ou os cânticos da desesperança (2005)”, “Exercícios poéticos (2010)”, “A candidata (2003)”, “Construindo a utopia (2007)”, “Matriarca: Uma história de Mestiçagens (2017”) e “Risos e Lágrimas” (2018).
Em 2019, publica pela Rosa de Porcelana Editora a sua antologia poética “A Reinvenção do Mar: Antalogia Poética”.