“A nossa diáspora tem dado um grande contributo para a afirmação de cabo-verdianidade, da nossa cultura e, também, a afirmação de Cabo Verde no seu todo”, apontou José Maria Neves, para quem as remessas financeiras dos emigrantes têm sido “importantes” para o crescimento e desenvolvimento do País, assim como a remessa das ideias.
O Chefe de Estado, que falava numa mensagem aos cabo-verdianos, por ocasião do Dia da Cultura e das Comunidades, que hoje se assinala, reconheceu que o espírito de abertura que a diáspora tem trazido para Cabo Verde contribuiu grandemente para que o País fosse hoje “mais conhecido e mais aberto ao mundo”.
“Agora, é tempo de trabalharmos para que a nossa diáspora se afirme e cada vez mais a fim de participar com cada vez mais qualidade e ambição no desenvolvimento de Cabo Verde, indicou, acrescentando que, com tecnologias informacionais, se pode colocar a “talentosa diáspora” espalhada pelo mundo ao serviço da afirmação da cultura, melhoria da qualidade de educação e da saúde no arquipélago.
A data homenageia o dia de nascimento de um dos maiores literatos da história de Cabo Verde, o poeta Eugénio de Paula Tavares, falecido aos 63 anos na Vila Nova Sintra, ilha Brava, em 1º de Junho de 1930.
Para o presidente da República, Eugénio Tavares exprimiu, como ninguém, através de poema e música e artigos literários nos jornais, a alma e o espírito do cabo-verdiano.
“Hoje, temos de valorizar ainda mais os nossos compositores, letristas, intérpretes e artistas”, apelou Neves, sublinhando a necessidade de se promover a leitura, assim como a língua cabo-verdiana, que, conforme destacou, é o “traço de união da nação global cabo-verdiana.
O Dia Nacional da Cultura e das Comunidades foi instituído em Outubro de 2005, com o intuito de celebrar tanto a cultura cabo-verdiana, como as suas comunidades.