Presidente do Mindelact assegura que estar fora do País até ajuda na organização do festival

Questionado pela Inforpress sobre as dificuldades de dirigir a montagem da 29ª edição do Mindelact, a decorrer no Mindelo desde dia 03 até dia 11, estando neste momento a viver fora do País, mais precisamente na cidade do Porto (Portugal), João Branco afiançou que antes de decidir viajar a programação já estava praticamente concluída.

“Nós programamos com muita antecedência, daí, que seria praticamente obrigatório eu estar aqui, porque todos estes artistas que aqui estão, foram contactados, foram convidados através do meu nome, não do meu nome pessoal, mas da associação Mindelact, da qual faço parte e do festival, do qual sou director artístico”, explicou.

Por isso, segundo a mesma fonte, não foi difícil, por estar quase tudo feito, inclusive as questões protocolares e estruturais das deslocações de artistas.

Entretanto, João Branco ressaltou que a associação vai passar por um processo eleitoral no próximo ano para novos corpos gerentes tomarem as rédeas da instituição, mas, sublinhou, na eventualidade de continuar na presidência, acredita que ficará até mais fácil para realizar uma programação.

“Porque vou ter algo que não tinha estando aqui, que é o acesso directo aos espectáculos e aos artistas, porque vou estar num lugar, nesse caso concreto na cidade do Porto, que é um polo mundial das artes performativas neste momento”, esclareceu, referindo-se aos muitos espectáculos mundiais de dança e teatro apresentados no Porto.

Sendo assim, sustentou, torna-se “mais favorável” que alguém directamente ligado ao festival Mindelact possa ter esse papel de influenciar uma programação.

Mesmo assim, João Branco disse não ter certeza até que ponto essa influência vai se fazer sentir no próximo ano, até porque, considerou, ainda é muito cedo para se falar nisso.

Também confirmou estar cedo para falar sobre uma recandidatura sua à presidência da Associação Mindelact.

A programação do festival Mindelact continua hoje com o Ciclo de contadores de estória, com Gil Medina (Cabo Verde), no Pátio do Centro Cultural do Mindelo (CCM), ainda os espectáculos “Ímago” de Débora Melício (Cabo Verde), no Palco 2 na ex- Alaim, “Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa”, de Sara Barros Leitão (Portugal), no Auditório Luís Morais, no CCM.

As actuações, no Mindelo, terminam no sábado, 11, mas, o festival terá ainda mais um espectáculo no dia 13, na extensão na Cidade da Praia.