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Declarações do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, quando presidia, na cidade do Mindelo, à abertura do evento, no Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD).
Neste ano de celebração dos 50 anos da Independência Nacional, o Mindelact, adiantou, ganha um significado “ainda mais profundo”, ao celebrar meio século de liberdade, de afirmação e de criação cabo-verdiana.
O festival de teatro do Mindelo, ao longo das três décadas de existência, consolidou-se, conforme Augusto Veiga, como “um dos maiores festivais de teatro do continente africano e um símbolo da diplomacia cultural de Cabo Verde no mundo”.
O ministro da Cultura espera agora que a edição 2025, denominada Edição Aurora,inspire a continuar a construir um Cabo Verde “mais forte, mais justo e mais belo, um Cabo Verde onde a cultura seja sempre farol e abrigo”.
Da parte da organização, o presidente da Associação Mindelact, Yannick Fortes, que pediu um minuto de silêncio em memória das vítimas da tempestade Erin, no dia 11 de Agosto último, disse que o nome escolhido foi precisamente para mostrar o renascer do Mindelo.
“E é nesse momento em que a cidade está a renascer, depois da tempestade, que nós voltamos com o teatro para a cidade. Essa é a primeira vez que vamos ter teatro na cidade depois da tempestade”, ressaltou.
Remeteu também o termo Aurora à independência nacional, quando Cabo Verde renasceu como uma nação soberana.
Mesmo assim, Yannick Fortes assegurou que o festival 2025 está sendo feito perante diversas dificuldades, inclusive a falta do principal palco do evento, o Centro Cultural do Mindelo, “que foi devastado pelas chuvas”, razão que os levou a ponderar desistir do evento.
Contudo, segundo a mesma fonte, encontraram o apoio da Câmara Municipal de São Vicente, do Governo e do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, que os incentivou a persistirem.
A 31.ª edição do Mindelact acontece até sábado, 08, com diversos espectáculos de países como Cabo Verde, Portugal, Brasil, Canadá, Espanha, Guiné Equatorial e Irlanda.
As primeiras apresentações aconteceram na noite de segunda-feira, 03, com a performance “Born of Normal Parents”, de Murray Malloy, no CNAD, e “Debaixo do Poilão”, de Angela Marques e Fernando Moreira, na Academia Jotamonte.
