A selecção de Portugal, por exemplo, que ocupa o oitavo lugar do ranking da FIFA, tem o privilégio de integrar o pote dos cabeças de série, apesar de ter assegurado a presença na fase final da prova, após ultrapassar os ‘play-offs’ da zona europeia.
Além de evitar a equipa do país anfitrião, Portugal sabe, de antemão, que não vão fazer parte do seu grupo as seis selecções mais bem colocadas no ranking da FIFA: Brasil (campeão em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), Bélgica, França (1998 e 2018), Argentina (1978 e 1986) Inglaterra (1966) e Espanha (2010).
Se no Pote 1 estão as teoricamente mais poderosas, no 2 também há, desde logo, uma seleção indesejável, a Alemanha, campeã em 1954, 1974, 1990 e 2014.
Para além dos germânicos, México, Países Baixos, vice-campeões em 1974, 1978 e 2010, Dinamarca, Uruguai, vencedor em 1930 e 1950 e responsável pela eliminação de Portugal no Mundial2018 (2-1 nos oitavos de final), Suíça, Estados Unidos e Croácia, vice-campeã em exercício, integram todos o lote das segundas equipas mais fortes.
No Pote 3, no qual consta a Coreia do Sul, do treinador português Paulo Bento, fazem parte três selecções que os lusos quererão, a todo o custo, evitar: Senegal, actual campeão africano, Polónia e Sérvia, precisamente um adversário que em Novembro de 2021 venceu por 2-1 na Luz, na derradeira ronda de qualificação, ‘atirando’ Portugal para os ‘play-offs’.
Por último, o Pote 4 ainda não está fechado, ficando a faltar conhecer três selecções, que vão sair dos ‘play-offs’ europeus (País de Gales, Escócia ou Ucrânia), do confronto entre Ásia (Austrália ou Emirados Árabes Unidos) e América do Sul (Peru) e entre Oceânia (Nova Zelândia) e América do Norte e Centro (Costa Rica).
As 32 selecções finalistas do Mundial2022 serão distribuídas por oito grupos de quatro equipas (designados pelas letras A a H), compostos por uma formação proveniente de cada pote constituído com base no ranking da FIFA de hoje, com a obrigatoriedade de o Qatar ficar na posição um do Grupo A.
As restantes sete selecções do pote 1 serão sorteadas na primeira posição das restantes ‘poules’ e nenhum grupo poderá ter mais do que um representante de cada continente, à excepção da Europa, que apura 13 equipas e poderá ter, no máximo, duas formações no mesmo agrupamento.
O sorteio contará com a presença de 2.000 convidados e será liderado por Carli Lloyd, Jermaine Jenas e Samantha Johnson, auxiliados por antigos jogadores como Cafú (Brasil), Lothar Matthaus (Alemanha), Adel Ahmed MalAllah (Qatar), Ali Daei (Irão), Bora Milutinovic (Sérvia), Jay-Jay Okocha (Nigéria), Tim Cahill (Austrália) e Rabah Madjer (Argélia), antigo jogador do FC Porto.
Distribuição das selecções pelos potes:
– Pote 1:
Qatar (país organizador)
Brasil
Bélgica
França
Argentina
Inglaterra
Espanha
Portugal
– Pote 2:
Países Baixos
Dinamarca
Alemanha
México
Estados Unidos
Suíça
Croácia
Uruguai
– Pote 3:
Senegal
Irão
Japão
Marrocos
Sérvia
Polónia
Coreia do Sul
Tunísia
– Pote 4:
Canadá
Camarões
Equador
Arábia Saudita
Gana
País de Gales, Escócia ou Ucrânia
Austrália, Emirados Árabes Unidos ou Peru
Nova Zelândia ou Costa Rica