Os dados, segundo Cipriano Carvalho, administrador executivo dos Correios, são “muito positivos” porque mostram uma “nova alavancagem” dos CCV após “anos de prejuízos”, devido à queda do serviço postal.
Conforme a mesma fonte, o “fenómeno das compras online” está “em alta” em todo o mundo e Cabo Verde tem acompanhando esta tendência com compras, entre elas, de electrodomésticos, vestuário, calçado, produtos cosméticos e bijutaria, que chegam de países como os Estados Unidos, Portugal, China, Brasil, Singapura e Índia, entre outros.
Este novo serviço, explicou Cipriano Carvalho, obrigou os correios a adaptarem-se introduzindo técnicas “mais sofisticadas”, como a utilização de equipamentos electrónicos, para satisfazer as exigências da União Postal Universal (UPU).
“Estamos a tentar a adequar à situação com a introdução de meios tecnológicos, nomeadamente os PDA, que são pequenas plataformas portáteis. Com isso, ao receberem as encomendas, as pessoas, independentemente do lugar onde estiverem, podem fazer a assinatura digital ou recolha de impressão digital"
Quanto às críticas dos consumidores sobre as taxas impostas pelos CCV para os objectos comprados através da Internet, Cipriano Carvalho esclareceu que não houve qualquer aumento.
A medida tomada foi instituir uma taxa de 50 escudos por cada objecto, tendo em conta que o volume das compras online está aumentar anualmente e os correios devem ter recursos para criar condições infra-estruturais, físicas e logísticas para prestar esse serviço.
“Introduzimos uma taxa bastante irrisória de 50 escudos por objecto, que é precisamente para minimizar os custos que nós temos com a prestação de serviços e para recrutamento de novos carteiros, empregar novas pessoas que estão nos balcões a fazer entregas”, adiantou o responsável.